Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Opções

21/09/2009


Melhor vencer jogando mal (quase nada) ou fazer grandes atuações sem a certeza da vitória? Sábado vivi situações meio parecidas, por vezes diferentes dos dois times do meu coração. Primeiro o UniBrasil/Curitiba Rugby Clube enfrentou a tradicional equipe paulistana do SPAC, com o time curitibano ainda lutando pelo título do Super 8, o Brasileiro da Primeira Divisão. No rugby é quase nula a chance de ocorrer uma “zebra” e éramos franco favoritos na partida. Vencemos pela apertado placar de 07 X 03, jogando muito, mas muito mal e nos afastando da briga pela conquista. No rugby, jogar bem é sinônimo de vitória e não à toa saímos meio cabisbaixos de campo enquanto o adversário, mesmo com a derrota parecia mais feliz, por ter feito em campo tudo aquilo combinado durante os treinos da semana.

Saí de lá e fui à Baixada confiante em ver o Atlético vencer e bem o combalido e desfalcadíssimo Sport. O gol logo no início abriu a perspectiva de um jogo mais aberto, com o Furacão tendo todo o tempo do mundo para, com tranqüilidade e contando com o desespero do adversário, construir um placar muito bom, inclusive para melhorar nosso fraco saldo de gols. Doce ilusão!

O Atlético mais uma vez insistiu no chutão, pouco ou quase nada marcou na meia cancha e incrivelmente passa 90 minutos da partida sem dar um drible sequer em linha reta, incisivamente indo pra cima do adversário. Mais uma vez vemos alas que em boa forma física demonstram não faltar vontade e disposição, mas lhes falta discernimento na tomada de decisões, além de um mínimo de qualidade para acertar cruzamentos ou entradas em diagonal. Sem contar a despreocupação, o desinteresse, a certa indolência de alguns jovens, em especial Fransérgio e Wallyson. Daí, um jogo que tinha tudo para se tornar agradável e com uma certa facilidade para o Atlético, mais uma vez virou um drama com nosso time sendo amplamente dominado pelo frágil, mas guerreiro time pernambucano.

Lopes tentava tirar o time da defesa, mas a pouca qualidade e um excessivo número de passes errados não ajudava muito. Além, é claro, de não haver opções no banco de reservas que pudessem mudar o panorama da partida.

Mas o que queremos nessa altura dos acontecimentos? Um espetáculo cujo preço pode ser uma derrota, ou uma orquestra desafinada que ao final consegue juntar algum para sua sobrevivência? Eu voto pela segunda opção e por isso não corroboro com as vaias pós jogo daqueles que parecem não ter gostado da vitória. Lógico que também sei o quão sofrido foi assistir o time sem subjugado em casa pelo vice lanterna, mas no final das contas são os três pontos que valem, ainda mais para um time que ainda faz contas para se livrar definitivamente da temida zona da degola.

Meus aplausos a parte da torcida, em especial ao pessoal da Fanáticos e da UItras que fez festa, cantou o hino e continuou cantando depois do apito final, comemorando a vitória. É disso que precisamos.

ÍMPETO

Ontem, entre livros, fotocópias e anotações no caderno estudando para provas, dava olhadas nos jogos da rodada. O São Paulo, que tinha tudo (inclusive mais uma vez ajuda da arbitragem) para virar o domingo como líder, se absteve de atacar quando tinha o jogo nas mãos, sofreu o empate e por muito pouco não entregou o ouro no final da partida.

De forma oposta, o Grêmio não cessou o ímpeto de fazer gols, pouco se importou com a situação do Fluminense, ao sofrer um gol tratou de logo em seguida fazer mais um e não contente meteu mais uma bola na meta do tricolor carioca.

A falta de ímpeto, tesão, vontade de fazer gols, quase nos logrou um resultado diferente da vitória de sábado. Algo a ser corrigido pelo treinador Antonio Lopes.

ARREMATE

“É quando a gente sente o amor/
se apuletar na gente/
tudo acabou bem”
- O amor é filme – NAÇÃO ZUMBI


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.