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Jean Claude Lima
Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".
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The Wall (O Muro)
12/09/2009
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Há coisas em nossas vidas das quais temos a mais absoluta convicção em relação a forma de encaminhar uma determinada situação. Outras são de difícil solução. Muitas vezes parece não haver solução alguma. São verdadeiras encruzilhadas onde qualquer caminho tomado, vai desagradar alguém.
No Colégio Marista Paranaense onde jogo nos finais de semana, durante nossas reuniões de diretoria, tínhamos um mago da conciliação, que mesmo ao escutar duas posições e argumentações completamente antagônicas sobre a mesma questão, conseguia concordar com ambas. Nunca entendi como ele conseguia isso, até o aumento do preço do sócio torcedor de R$ 50,00 para R$ 70,00.
Tem razão os que identificam ser necessário o aumento, para que o clube possa equilibrar suas finanças, diante de claras dificuldades econômicas de difícil solução. Celso Cordeiro, do site oficial, argumenta em sua coluna o “Preço da Paixão”, que “os compromissos precisam ser saldados” e está coberto de razão. Michele Toardik, colunista do Furacao.com destaca que os preços do futebol não respeitam qualquer parâmetro racional e também está coberta de razão.
Tem razão os que argumentam que o aumento foi pesado, excessivo, imposto de forma autoritária ao conjunto dos sócios do Furacão. Os mais exaltados afirmam que pagamos muito e temos recebido pouco em troca, em especial com a montagem de elencos de qualidade sofrível, de pouco talento e técnica. É verdade se colocarmos na mesa as expectativas de uma torcida como a nossa, que nunca deixou de atender aos chamados do seu time, a coisa complica.
E nesse contexto, chegou a minha vez de renovar o meu plano de sócio-torcedor. Sou um cara de sorte para algumas coisas, para outras nem tanto. No mês do aumento, lá vou eu essa semana garantir o meu lugar no estádio por mais um ano, em cima do muro em relação as galeras pró e contra, mas movido por um sentimento de pertence que me faz ignorar o preço da minha paixão, pois o Atlético me faz bem. Ser atleticano me faz bem. É parte da minha alma, dos meus sentimentos e do meu coração. Não é uma decisão racional. E eu também tenho razão!
Vamos adiante pois dias melhores virão, no campo e nas arquibancadas.
P.S. Essa deve ser a semana onde nasce a filha do nosso colunista Daniel. Que venha em paz a sua filha meu amigo!
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