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Rodrigo Abud
Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.
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Álbum de figurinhas
10/09/2009
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Foi-se o tempo em que eu gastava grande parte do dinheiro que arrecadava na minha mesada, ou em pequenos golpes aplicados contra meus irmãos, com os populares álbuns de figurinhas.
O começo da Copa União ditava, também, o início do uso inveterado de cola (nas figurinhas), das empolgantes partidas de bafo, da frustrante sensação de abrir um pacote recheado de cromos repetidos ou do fantástico momento em que você, enfim, consegue completar o seu álbum.
Além desse mix de emoções, uma das coisas que eu achava interessante nessas coleções eram as figurinhas que tinham uma diferença visual, aquele carimbo esperto. Tidas como mais difíceis, elas foram responsáveis por popularizar a expressão usada por todos: a figura carimbada.
No álbum do Campeonato Brasileiro de 2009 (há algum?) poucos seriam os atletas do atual elenco do Atlético que ostentariam o famoso carimbo.
Diria que Paulo Baier, por tudo que já fez nos brasileiros anteriores e pela qualidade que já constatamos ter, seria um com o timbre diferencial.
Alex Mineiro seria outro timbrado, por tudo que fez em 2001 e pela indiscutível qualidade técnica. O mau momento não seria o responsável por tirar dele um mérito conquistado pelo que fez em toda a sua carreira. Alex tem o voto de confiança da torcida atleticana. Para reencontrar o caminho das redes basta um pouco mais de autoconfiança, acreditar em si e no seu imenso potencial.
Se fosse eu o responsável por carimbar os cromos, quando ninguém estivesse vendo, lapava um na do colombiano Valencia. Limitado tecnicamente, o volante atleticano é simplesmente o cão de guarda do meio-campo rubronegro, símbolo da raça e disposição, o colombiano se mostra incansável e sem ele a equipe perde muito do seu poder de marcação.
Outro atleta poderia, também, carregar o seu carimbo. Marcinho já mostrou, pelas outras equipes por onde atuou, que sabe jogar. Porém, no Atlético ele se destacou mais pelo convívio com o grupo, principalmente com os mais novos, do que pelo contato com a moganga. Marcinho fez alguns gols, mostrou vontade, mas ficou por isso.
Ele sabe que está devendo, sabemos que quer melhorar, mas esse não pode ser o motivo para torná-lo intocável no time. Lopes já demonstrou que com ele quem não render, sai. Vamos ver se o aviso o ajuda a mostrar a qualidade de outrora.
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