Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Na gangorra do Brasileirão

10/09/2009


Chegamos a um ponto crucial do Campeonato Brasileiro, daqui para frente podemos prever quais times brigarão pelo título (Palmeiras, Internacional, São Paulo e Goiás), quais times irão brigar feio para não cair (Fluminense, Botafogo, Sport, Náutico, Santo André) e quais times ficarão na famosa gangorra do Brasileirão, naquele sobe e desce que assusta seus torcedores. Um desses times sem dúvida é o Atlético Paranaense.

Confesso que a paixão falou mais alto após as quatro vitórias consecutivas e cheguei a pensar que o nosso time chegaria a um lugar mais alto na tabela de classificação. Ledo engano, apesar de me esforçar muito para achar que o time é mediano, não consigo ver qualidades técnicas que nos elevem ao topo da tabela ou pelo menos próximo dele.

Fazendo partidas com pouca criatividade o nosso ataque não marca gols a três partidas e se continuarmos dessa maneira vamos passar o resto da competição sem marcar. Se falta qualidade aos nossos jogadores a garra e a raça mostradas, quando da chegada do técnico Antônio Lopes, não podem faltar. Uma coisa compensa a outra e enquanto acharmos que vamos vencer apenas na categoria de Paulo Baier não sairemos do lugar.

O que não dá para entender é a forma que o time se comporta de partida para partida, é praticamente impossível o torcedor imaginar que um time que deu um passeio no Barueri e venceu bem o São Paulo não consiga ao menos marcar um gol no time reserva do Botafogo e no fraco time do Flamengo que veio aqui apenas para não tomar gols e fez de Galatto um mero expectador. Não quero acreditar em falta de vontade ou falta de dedicação, prefiro achar que os adversários descobriram a maneira do Atlético jogar e estão nos marcando de uma forma diferenciada e que agora depende do técnico Antônio Lopes descobrir uma maneira viável deste time criar um novo fôlego e voltar a vencer no certame nacional.

No sobe e desce da gangorra o Atlético está na beira faz tempo, mas ainda não caiu porque tem times muito piores que o Furacão na competição, mas uma bobeada pode custar caro e perder pontos dentro de casa para um time que não almeja nada mais a não ser se livrar do rebaixamento é dar sopa para o azar, portanto, o mínimo que eu espero é que fiquemos na parte alta da gangorra porque se começarmos a descer não será nada fácil subir novamente e o pior, o campeonato começa afunilar e a definir quem fica na primeira divisão e quem cai para o abismo da segundona.


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