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Jean Claude Lima
Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".
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Graça e desgraça no mundo do futebol
29/08/2009
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A coluna de ontem do meu amigo Daniel termina dando a fórmula para que um jogador caia nas graças da torcida. Dani como sempre foi muito feliz em sua análise, ao debater a situação de Dagoberto, em especial pelo fato desse atleta ter caído em desgraça com milhares e milhares de atleticanos em todo Brasil.
Dagoberto era ídolo e amado pela torcida do Atlético, assim como outros grandes jogadores que passaram pelas nossas fileiras.
No dia 04/04/2008, escrevi uma coluna que levou o título “Ídolos de Barro”, onde em um determinado parágrafo fiz a seguinte pergunta: Onde estão os ídolos recentes da história do Atlético? Onde estão os atletas que fizeram dos atleticanos essa legião de malucos fanáticos, acostumada a lotar estádios, berrar de forma alucinada pelo time, empurrando, defendendo, exultando e amando as cores do Furacão?
Faço essa pergunta por querer debater com vocês, atleticanos como eu a situação de Alberto. Ídolo atleticano Alberto é um lateral que morava e mora no coração de um grande número de atleticanos. Seus cruzamentos para as cabeçadas certeiras de nossos atacantes sempre foram motivo de muita alegria. Disso ninguém da minha idade vai esquecer jamais.
Alberto ao ser afastado do elenco do clube seu coração, tem uma estaca enfiada em seu peito. Evidente que esse retorno as fileiras da equipe foi turbulento, onde as seguidas contusões contribuíram para que o jogador tivesse uma performance abaixo da que ele pode render. E sabemos que ele pode, pois ninguém desaprende a jogar futebol. Alberto não desaprendeu e diante dos nossos olhos caiu em desgraça. Todo o time perdeu mas a espada pesou mais fortemente na cabeça dele.
Ninguém fica tanto tempo no futebol europeu se não tiver nível técnico, caráter e condições físicas para tal. Alberto também não parecer ser um desagregador e não fala como tal. Em conversas com amigos, Alberto nunca escondeu de ninguém que gostaria de realizar a partida de encerramento de sua carreira no Atlético.
Acho que nossa diretoria poderia rever a situação do jogador. Em um mercado cada vez mais profissionalizado, onde poucos jogadores declaram seu amor por um clube, como Alberto fez pelo Atlético, há espaço para o dialogo e readequação das situações.
Para toda questão há mais de um ponto de vista. Acho que as nós torcedores poderiam ser revelados os verdadeiros motivos de seu afastamento, pois não acredito que um jogador profissional possa ser rotulado como “paneleiro” no final da carreira.
Por fim, jogamos contra o Náutico. Nesse campeonato há partidas pra lá de importantes e essa é uma delas. Do lado de lá, está um treinador que conhece em detalhes todo nosso grupo. Além disso, conta com o respeito e a admiração de toda gente atleticana. Sempre que vier à Baixada, Geninho vai merecer os nossos aplausos. Exatamente como todos àqueles que fizeram sorrir merecem ser tratados.
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