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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Já fui sócio do Atlético em algumas modalidades. Como não venho de família rubro-negra só o fui quando tinha minha própria renda e isso aconteceu por volta de 1997, quando a fantástica campanha do Atlético Total lançou o sócio torcedor. Idéia boa, boleto sendo mandado em casa, mas a execução deixava a desejar e não foram poucas as vezes, no ano em que jogamos no Pinheirão, Vila Capanema, Boqueirão e onde mais desse pois o clube construía a Baixada, em que perdi os primeiros 10 ou 15 minutos de jogo por problemas em conseguir pegar meus ingressos e passar pelas catracas.
Depois fui adepto dos pacotes e uma das idéias que dei ao clube em 2001 veio a beneficiar os que haviam, assim como eu comprado a temporada antecipadamente, mas teriam que enfrentar as mesmas filas dos demais torcedores que não se associaram nas fases decisivas daquele histórico Brasileirão. Simplesmente os “pacoteiros” tinham direito a comprar dois ingressos no dia anterior a abertura das bilheterias e o que, ou se sobrasse algo, seria vendido entre os outros atleticanos. Creio que uma medida justa, já que dava benefícios aqueles que confiaram no time e pagaram por todos os jogos e não somente nos decisivos.
Com o Joaquim Américo cada vez mais tomado pela sua torcida e talvez na desenfreada sanha arrecadatória o clube criou planos que afugentaram os pretensos sócios, mantendo a mesma média de pouco mais de 3 mil abnegados que ainda assim não tinha em campo um time que correspondesse ao valor caro dos season tickets da direção atleticana. Confesso que com dificuldade paguei, pois no final das contas eu iria em todos os jogos mesmo e a vantagem, ainda que pequena, existia.
Sobre esse problema e principalmente por não entender a crítica que a direção fazia pelo baixo número de adesões ao plano, escrevi em 13 de junho de 2007 que ou o clube mudava o plano ou o discurso, porque pagar o que se pagava pelo benefício dado, seria não mais que aquele o número de sócios. Tanto estavam errados, que colocando um preço mais próximo à realidade, dando reais benefícios ao sócio, o Sócio Furacão foi um sucesso, digno de elogios pouco mais de um ano depois, em 02 de julho de 2008.
De criança problemática a adolescente bem visto por todos, o Sócio Furacão chega agora na idade adulta e com ela novos desafios pela frente. A adesão extrema ao plano, que dava benefícios extras aos não residentes que merecem sim ter algum respaldo, a chance de ajudar o clube mesmo a distância e o desespero na época de vacas magras, quando o freqüentador da academia, torcesse para quem torcesse ganhava uma cadeira foram erros, acertos, aprendizados que servem para amadurecer o Sócio Furacão de hoje em dia.
O reajuste que a maioria esperava para esse ano não ocorreu, o que pode ter sido um erro, ou uma estratégia simpática da nova diretoria que assumiu agora e não queria chegar com atitudes anti populares. O que parece claro é que de dezembro próximo deve haver alguns ajustes, tanto no preço como na forma do plano, especialmente para evitarmos as cadeiras vagas, sem ingressos na bilheteria e gente a rodo querendo entrar no estádio.
A disponibilização da venda na bilheteria do ingresso do sócio que avise com alguma antecedência que não comparecerá dividindo-se o valor, uma planificação escalonada de sócios, tanto caseiros como os de fora de Curitiba, que paguem um valor menor mas tenham as mesmas vantagens que o sócio padrão, excluindo-se a posse da cadeira e sim a preferência na compra de ingressos antecipadamente, reservas para sócios das Embaixadas, pois semanalmente recebemos e-mails criticando o clube, pois o sujeito se mata para divulgar o Atlético na cidade do interior tomada de torcedores dos grandes paulistas e quando quer ver um jogo em Curitiba simplesmente não consegue, enfim, um ajuste que venha aperfeiçoar este que é, mesmo com seus problemas, o melhor e mais completo plano societário de um clube de futebol do Brasil.
Creio que estamos na hora certa, dentro de um bom prazo que façam que as discussões, opiniões e sugestões tenham tempo suficiente para serem debatidas e levadas a cabo pela direção que vem mostrando muito bom vontade em dialogar com o torcedor. E fica o pedido ao sócio atual, que caso não vá ao jogo, que repasse (e não venda) o ingresso para um amigo, para termos a Baixada sempre repleta de nossa vibrante a apaixonada torcida.
A todos os demais, que entrem em contato com o clube, opinem, sugiram, deixem sua queixa, reclamação e o elogio também, pois o Clube Atlético Paranaense é de todos nós e por ele devemos zelar e sempre que possível ajudar.
ARREMATE
“E eu não consigo te esquecer/
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você” - Amor Perfeito – ROBERTO CARLOS
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