Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Homens

17/08/2009


O Furacão voltou porque os homens voltaram!

No domingo a noite, contra o bom time de Barueri, não assistimos apenas um Atlético com vontade e com determinação. Além de assistirmos e vibrarmos com um time determinado e extremamente disposto, assistimos um time de homens. Homens que seriam capazes de tudo para conquistarem os três pontos. Homens que não se entregaram e que mostraram ao torcedor do Atlético, do início ao fim do jogo, que é preciso honrar o manto que se veste, que é preciso jogar com o coração no bico da chuteira, que é preciso, em todos os momentos, pintar a alma de vermelho e preto.

O Furacão voltou porque Antonio Lopes também voltou!

A disciplina tática, somada ao desejo dos guerreiros em campo, foi essencial para a vitória e para que os lances fossem traduzidos em gol.

O Furacão voltou porque Paulo Baier assumiu, definitivamente, o posto de jogador mais importante do Atlético. Um líder que provou que para ser líder, não basta apenas ter o comportamento de um líder. É preciso fluir junto aos demais companheiros de equipe, é preciso fazer parte da engrenagem, é preciso transformar o papel de homem, em imagem. E o Atlético foi exatamente a imagem de Paulo Baier: eficiente, equilibrado, leve, forte, ousado, voluntarioso e inteligente. É o perfil de jogador que consegue fazer a sincronia entre corpo e mente, força e sabedoria. Um verdadeiro maestro que está ditando o ritmo e o compasso da equipe.

O Furacão voltou porque menos de meia dúzia de irresponsáveis se foram.

O Furacão voltou, e com ele, voltou a alegria estampada no rosto atleticano. Como é bom vencer! E como foi bom participar de uma festa cheia de energia, daquelas festas que há muito tempo não se via na Baixada mais linda do mundo. Como foi bom voltar pra casa sem voz e com o coração esbanjando felicidade. Como foi bom ver o Atlético voar em campo, sintonizado com o som de uma torcida enlouquecida, apaixonada e exemplar.

O Furacão voltou, e no caminho de volta pra casa eu também queria encontrar mais explicações para este momento tão esperado. Encontrei, em meio a tantos motivos, o melhor deles, disparado pelo professor Lopes: “Aqui não tem vedete, ninguém quer aparecer mais que os outros”.

Finalmente, um time formado por homens. Enfim, o Furacão voltou!


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