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Ricardo Campelo
Ricardo de Oliveira Campelo, 44 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma famÃlia inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.
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O Delegado voltou
06/08/2009
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Confesso que recebi a notÃcia da recontratação de Antonio Lopes com espanto. Fora do mercado há um ano, e com uma última passagem inexistosa no Atlético em 2007, o Delegado não parecia ser a pessoa certa para resolver nossos problemas, ou ao menos para renovar nossas esperanças.
Pois é inegável a revigorada que ele deu no elenco. Como é bom ver nosso treinador na beira do campo, orientando o time, gesticulando, cobrando, gritando com os jogadores - tão diferente do sossegado e passivo Waldemar Lemos.
Na verdade, não concordei com as substituições feitas pelo treinador, diante do Cruzeiro. Sacou Wesley quando o mais correto parecia ser retirar Wallyson, e, no intervalo, substituiu este último, que, no latifúndio do Mineirão, poderia explorar os contra-ataques com velocidade, ainda mais em dez jogadores contra dez. O fato é que deu certo, e Lopes mostra ter consciência no que faz.
A par do aspecto tático, o que mais alegrou o torcedor ontem foi ver o time com brios. Um Atlético que entrava no Serra Dourada para tomar 3x0 em poucos minutos, se transformou em um time que consegue segurar o Cruzeiro do gladiador Kléber com um jogador a menos, em pleno Mineirão. É um Atlético com alma, simbolizado na raça de Nei, um gigante incansável que vem honrando como ninguém a camisa atleticana.
Para que esta mudança fosse possÃvel, ademais, não há como se olvidar do acerto na decisão de afastar os jogadores que não estavam mostrando o devido comprometimento com o clube. Uma atitude corajosa, porém necessária, e que vem mostrando resultados de forma inegável quando se analisa a mudança de postura do time.
O Atlético voltou a vencer, o sol voltou a brilhar, e espero que uma nova fase se inicie daqui para frente.
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