Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Cara de limão, jeito de limão e gosto de limão

01/08/2009


Se alguém entregar a qualquer um de nós uma coisa que tem jeito de limão, encontrada debaixo de um limoeiro e que cortada ao meio tem gosto de limão, e depois de todos esses indicativos pedir para fazer em vez de uma limonada, um suco de manga, o que diríamos? Impossível!

É essa a sensação que tenho com o elenco do Furacão. Não dá para transformar limão em manga ou chumbo em ouro, a exemplo do que queriam os alquimistas da idade média. O chumbo pode até ser banhado a ouro, mas nunca terá o mesmo valor de uma peça de ouro legítima. Será que é possível fazer desse elenco um grupo vitorioso?

Os problemas que vieram à tona são ainda mais graves do que pensávamos. Um grupo sem um componente importante até em peladas, que é a famosa união, se torna ainda mais frágil. As limitações dos nossos limões se tornam ainda mais gritantes. Rhodolfo e Patrick quase chegaram perto de Jajá e Guilherme dos verdes, que foram expulsos em um jogo por trocarem sopapos.

O supervisor profissional está fazendo ver o seu trabalho. Afastou cinco atletas do clube, que a exceção de Zé Antônio, tiveram bons momentos na Baixada. Antônio Carlos foi durante muito tempo capitão da equipe. Rafael fazia gols e Netinho não ficava atrás deles. Alberto foi o que foi no coração dos atleticanos e agora, está prestes a encerrar esse ciclo de forma melancólica. Não há como negar que essa é uma medida de impacto como não víamos há tempo na Baixada. Pesada, dura, questionável justamente pela sua forma e talvez até pelo conteúdo. Guardadas as devidas proporções essa é uma demissão coletiva, equivalente aquelas que resultam em greves na indústria metalúrgica. Ninguém pode prever os resultados e o tempo, que parece cada vez mais curto é que vai mostrar a verdade.

Estranha também a dificuldade de conseguir um novo técnico. É claro que os caras trocam informações e devem ter ouvido um toque daqueles “olhe a coisa tá feia lá”.

Mas um atleticano de verdade nunca perde as esperanças. É sempre possível tomar uma boa limonada suíça depois de uma bela refeição. Em Londrina espero que comecemos a perceber os resultados das decapitações, e consigamos um bom resultado.

Por fim, um brinde ao Lucas, o apressado filhote do Cleverson nascido quase um mês antes do previsto. Lucas pegou o pai de calças curtas em Brasília.

Cleverson é um cara nota dez e meu mais antigo amigo aqui do Furacao.com. Sempre foi chegado a enxergar as coisas à frente dos momentos em que vive e parece que o apressado Lucas vai seguir os passos do pai. Saúde e felicidade para toda a família.


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