Sérgio Tavares Filho

Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa família 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.

 

 

Ao tio

16/04/2004


Apesar de morar apenas algumas quadras do Estádio Joaquim Américo, ele não conhecia a Arena. Demorou quase cinco anos para passear pela magnífica obra do bairro Água Verde. E foi justamente no dia em que o Atlético comemorou 80 anos, que Hailton Fantinato pôde reverenciar a Baixada.

Fantinato foi um dos homens mais importantes dentro do Atlético na década de 70. Diretor-presidente do Açúcar Diana, contribuia financeiramente para manter jogadores como Sicupira, Julio, Alfredo e Nilson Borges. Todos, durante a entrevista que fizemos para o especial 80 anos do Atlético, reafirmaram o carinho pelo antigo dirigente.

Hoje Hailton Fantinato, ou apenas o meu Tio Lali, infelizmente não acompanha o rubro-negro com a mesma atenção de décadas passadas. Deixa de lado o radinho e só se preocupa com o resultado final. Se o Atlético ganha, o choro é de alegria. Se perde, as lágrimas tem o sentido contrário.

Sempre fui atleticano, mas foi através do meu tio que aprendi a valorizar o nosso passado e ter muito orgulho do presente. Hoje os salários não mais atrasam, todos os jogadores tem bons carros, bons imóveis. O material de treino é novo e a estrutura criada fora de campo não tem comparação. Se sou assim, a "culpa" é do Fantinato.

Obrigado, tio!

Atletiba

Encarar como um jogo normal ou se preparar para uma batalha? A questão é discutida há mais de um ano entre os amigos Juarez Villela Filho e Marçal Justen Neto. Para Juarez o Atlético deve priorizar o psicológico, a gana. Já Marçal admite que o Atletiba é um jogo normal, que os coxas se dão bem justamente por causa disso.

Vou entrar no embate dos dois colegas e fazer uma mistura nas idéias. Será que não conseguimos unir a tradição da nossa raça numa disputa normal? A decisão de domingo não é questão de sangria desatada. Basta uma vitória simples para reconquistarmos a hegemonia paranaense.

A cabeça tem que estar no lugar. Já o coração deve ficar no bico da chuteira.


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