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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Divisor de águas
15/07/2009
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O Atlético jogou bem contra o Inter e contrariou muitos olhares desconfiados e incrédulos. Jogou, venceu, convenceu e se rendeu a um esquema de jogo que permite um time mais leve, livre e solto. Um esquema que permitiu que Wesley deslizasse em campo e que não sacrificou tanto nossos laterais. Um esquema que permitiu a segurança da zaga, sempre coberta por pelo menos um volante e com os meias ajudando na marcação, e que permitiu, finalmente, que Marcinho tivesse liberdade em todos os espaços do campo, fazendo sua verdadeira tarefa de criar e ligar o ataque com qualidade. E Wallyson desequilibrou, chamou o jogo, usou o corpo e mostrou que é hoje a nossa melhor referência de gols.
O Atlético é isso aí, o esquema também é este. Vencemos o líder do difícil campeonato brasileiro, porém precisamos fortalecer ainda mais nosso elenco. Dois ou três reforços serão bem vindos, o mais importante deles, na minha opinião, atende pelo nome de Claiton. Talvez não por seu condicionamento ou ritmo de jogo, mas pela bravura, pelo espírito guerreiro, pela disposição e por deixar o campo de jogo, todas as vezes, quase sem voz. Por ser aquele jogador que briga, que “urra” e que deixa bem claro que, dentro de campo, é preciso ter tesão por jogar bola. É o grito que o Atlético precisa dentro de campo, o famoso “VÂMO PORRA”.
Teríamos, portanto, dois estilos de liderança dentro de campo: a liderança serena, comandada por Paulo Baier, e a liderança explosiva, comandada por Claiton. Aposto nisso, acima de qualquer outra coisa, neste momento.
Hoje entra em campo um Atlético quase igual ao de domingo passado. Jogando fora de casa, contra o surpreendente Santo André, será preciso, antes de qualquer coisa, a inteligência do nosso líder sereno, Paulo Baier. Ele é quem deverá chamar o jogo, rolar a bola no chão, ditar o ritmo e dar tranquilidade ao time. Jogar na casa do adversário é sempre difícil, mas se o Atlético entrar em campo com o mesmo vigor e a mesma aplicação tática que entrou contra o Inter na Baixada, vamos ganhar o jogo.
Hoje será a noite do divisor de águas do Atlético. Ou o Atlético continuará de fato com o formato do último grande jogo, ou voltará a ser o Atlético que andou tirando o sono do torcedor. Isso dependerá do empenho de todos, inclusive de Rafael Moura. Quem sabe seja hoje a sua noite de redenção.
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