Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Palpite

15/06/2009


Achei por bem não escrever logo após a vinda do treinador Waldemar Lemos. Quando não tem muito a falar o silêncio fala por si só. Ao contrário de boa parte da torcida, analistas e colunistas, achei que ele pode ser sim a solução dos nossos problemas, ainda que bata na tecla de que a falta de qualidade individual é sim o maior fator impeditivo para que o Atlético almeje algo superior a simplesmente escapar do rebaixamento, algo que vem acontecendo ano a ano.

O time do Atlético se comportou diante do Sport como um time de futebol. Nos raros lampejos que tivemos este ano, um primeiro tempo aqui, um segundo tempo acolá, mostramos algo factível de nos dar alguma esperança. Sejamos francos: levamos alguns totós de bola mesmo em partidas que vencíamos no estadual e quando enfrentamos equipes de primeira divisão, mesmo que do nosso nível, mas ligeiramente mais qualificadas, além de perdermos fomos presas fáceis. Algo precisava mudar e a saída do carismático e eterno Geninho pareceu-me acertada. Sábado diante do bom Sport Recife fomos algo muito parecido com um time de futebol profissional.

E qual o grande mérito do treinador? Dizer que agora sim o elenco treina seria um pouco precipitado, afinal Waldemar teve menos de meia semana para trabalhar o time. Mas pareceu-me evidente que somos um pouco mais organizados e melhor distribuídos em campo e que ter alguém que saiba o que fazer com a pelota como Paulo Baier jogando como cérebro do time ajuda e muito. Me custa pensar que a direção em algum momento achava que faríamos algo pouco melhor do que a até então presente campanha com um time acéfalo, sem um líder e dependente de eternas improvisações.

Nem me iludo com uma mera vitória conseguida a duras penas, mas não posso querer enxergar com má vontade uma quebra de tabu, a conquista dos primeiros três pontos numa partida e a deixada da lanterna para trás. Se há situações em que em que é impossível piorar, por óbvio só teríamos a opção de um viés de melhora, mas vencer um bom time, fora de casa com o time começando a retomar a confiança e claramente jogando mais coeso, com os setores se comunicando entre si mesmo com as já sabidas carências técnicas que ficaram evidenciadas desde o começo do brasileiro é um alento e tanto.

Agora com a semana toda de trabalho o novo treinador pode sim dar sua cara ao elenco, tirar suas próprias conclusões quanto ao aproveitamento dos jogadores e mostrar realmente se sua vinda foi acertada para o atual momento do Atlético. Eu confio e torço muito para que sim.

ARREMATE

“Quando louca/
Não é veneno a tua boca/
Quando é coisa de magia”
A tua boca, ZECA BALEIRO


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