Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

A mão que balança o berço

14/06/2009


Vencemos o jogo diante do Sport e acho que todos respiramos aliviados. O peso da vitória é simbólico, fundamental para os jogadores e para a nação atleticana, que já no próximo jogo diante do Palmeiras, vai ter um confronto difícil, daqueles onde tudo pode acontecer.

O novo técnico conseguiu o que parecia improvável. Venceu e ainda fez história, já que não havíamos vencido o Sport no Recife. Será que a mão de um técnico tem mesmo esse peso todo? Será que o que é dito no vestiário, a forma como são passadas as instruções, o jeito de montar a equipe, de planejar o sistema de jogo, as funções de cada atleta durante a partida, os deslocamentos, as aproximações para concretizar as jogadas e tudo mais que envolve uma partida são tão diferentes entre Geninho e Lemos? A resposta é sim.

Geninho é um profissional que nenhum atleticano jamais esquecerá. Ele é de casa, sempre terá portas abertas. É aquele amigo que você pode ficar um tempo sem encontrar e a amizade não diminui. Mas como todos nós também tem seus limites e sabe a hora exata de tomar novos caminhos. Talvez ele tenha prolongado o seu sofrimento em virtude do carinho de todos nós para com ele.

Muita gente acredita que a mão do técnico não vence jogos. Se fosse assim os bons técnicos não seriam tão raros. É claro que Lemos não tem a confiança da maioria da nossa torcida, que o considera por enquanto, um outro Bob Fernandes. Antes da partida contra o Sport, 51% dos atleticanos estavam desconfiados do novo treinador. Depois da partida já houve uma pequena queda, que pode ser acentuada com uma boa vitória sobre o Palmeiras. Destaque-se a importância de uma vitória sobre os palmeirenses, que já nos deixaria “longe” da zona de rebaixamento.

Gostei de Paulo Baier. Imagine você ser vaiado cada vez que pega na bola. Mostrou personalidade e se não for marrento, pode mandar bem na Baixada. Não se esconde e faz o jogo andar. O Rafael então nem se fala. Se joga e faz gols, deixa o homem trabalhar.

O fato é que não podemos nem pensar em estar na segunda divisão. Estamos flertando com essa maldição, às vezes mais do que deveríamos, querendo nos tornar uma espécie de clone de outras equipes da capital. Ninguém merece esse sofrimento. Vamos torcer para que Lemos seja um embalador de furacões, e que faça chover vitórias na Baixada.


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