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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Quando 85 é maior que 100. Mas quando é que 85 é maior que 100? Em 2009, ano do centenário do glorioso Coritiba Foot Ball Club, aquele cujo estádio caindo aos pedaços é chamado de “monumental”, aquela cuja torcida lança bombas no rival e isso é encoberto pela imprensa, aquele cujos torcedores lançam fumaça e extintor nos rubro-negros e isso passa desapercebido, o clube onde alguns torcedores ofendem com gestos e gritos fascistas e preconceituosos jogadores ou torcedores adversários negros, esse mesmo time que nos venceu com méritos semana passada comemora seus 100 anos.
85 é mais que 100 ao menos em 2009. Neste ano, o do centenário do time que foi campeão brasileiro com saldo negativo de gols, um elenco limitado, mas batalhador fez valer uma melhor campanha em todas as fases e levantou o caneco. Provamos que 85 pode ser maior que 100 ao termos o melhor ataque, melhor defesa, termos feito mais pontos, termos o artilheiro da competição e especialmente, agora em condições semelhantes já que nos anos anteriores nosso ingresso sempre foi mais caro, a maior média de público do campeonato. Se somos os maiores e mais fiéis, se nunca abandonamos de verdade não precisamos querer provar para nós mesmos se isso é verdade ou não. Provamos na realidade, nos fatos.
Mostramos que ser atleticano é fugir do lugar comum, fugir da lógica, ser um SER subjetivo, abstrato, acima de designações normais dos seres humanos. Saímos da razão ao cantar a plenos pulmões a alegria, emoção e a paixão de torcer por este time que nos faz transcender a alma, nos tira da lógica, nos faz provar que 85 é sim mais que 100.
Mesmo contestado Rafael Moura mostrou que tem sim caráter e que, sabedor de suas limitações, se esforça dentro de campo. Galatto mostrou que um time que quer ser campeão precisa de um goleiro que segure a onda na hora H, que não pipoque com falhas grotescas na hora da decisão. Raul, Fransérgio e principalmente Wallyson colocaram abaixo alguns paradigmas da direção e de Geninho, ao mostrar que qualidade não tem idade e que experiência em segunda divisão portuguesa ou do interior de São Paulo não são os fatores que farão diferença na hora de escalar um time. Este time, ainda com a sombra da péssima campanha do Brasileiro ano passado, ainda carregando o fardo dos insucessos recentes e consecutivos dos últimos anos mostrou que se superando, que dedicado e com o comando do carismático Geninho (quando esse se rende ao óbvio) tem sim seu valor.
Este time desafiou a lógica dos acontecimentos, desafiou a própria torcida que desconfiava de sua qualidade, driblou parte da imprensa, tendenciosa e torcedora e provou que quando se quer alcançar um sonho, nada é impossível. Mostrou que 85 pode ser sim mais que 100.
CENTENADA
Num campeonato de dois times eles conseguiram ficar em terceiro! Impressionante. Mais uma vez provaram que sua maior preocupação é conosco, por isso tanto empenho no Atletiba e mostrar sua verdadeira face diante de Jota´s, Iraty´s e Nacionai´s da vida, mesmo em casa.
Sobre levantar o troféu, andei sabendo que ele demorou para chegar na Baixada porque sair da sede da Federação, no Tarumã, ir até o bairro Água Verde mas passar pelo Centenário demorou um pouco. Porém, não se tem notícias de ter passado perto do Alto da Glória e cercanias.
Coxa e Dercy: há 100 anos fazendo a gente rir!
ARREMATE
“Não imagine que te quero mal/
Apenas não te quero mais” - Assim caminha a humanidade, LULU SANTOS.
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