Sergio Surugi

Sergio Surugi de Siqueira, 66 anos, é Atleticano desde que nasceu. Neto de um dos fundadores, filho de um ex-presidente do Atlético, pai e avô de Atleticanos apaixonados, é doutor em Fisiologia e professor. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2009.

 

 

Semana de testes

25/04/2009


Para muitos o time do Atlético ainda é uma grande dúvida. Não se sabe ao certo o real potencial deste grupo, principalmente para enfrentar o Brasileirão. Creio que é muito difícil avaliar um time que desde o final do ano passado ainda não enfrentou um desafio mais agudo. O Atletiba da primeira fase foi um horror, realizado no início do Paranaense, com as duas equipes ainda em formação e mostrando pouquíssima ousadia, foi uma lição de como quebrar a bola. Não pude assistir ao jogo contra o Paraná, mas pelo que me contaram, o time foi irregular apesar dos 3x0.

Enfim, na semana que inicia amanhã, acho que finalmente poderemos ter uma idéia do que poderemos esperar deste Atlético em 2009. Primeiro o Atletiba decisivo e três dias depois o Corinthians.

No jogo de quarta-feira, pela Copa do Brasil, enfrentaremos um time que desde o ano passado inteiro tem se mostrado sólido, ganhando a Serie B com sobras, chegando à final da Copa do Brasil e agora à decisão do Paulistão. É, como disse o Geninho, “o time da moda”. Desde 1924 se sabe que o Atlético adora jogar grandes desafios.

Já no clássico enfrentaremos um adversário praticamente alijado da disputa pelo título, mas motivado pelo novo e retórico treinador, bem como e principalmente pelo desejo de tirar o título do Atlético. Parece pouco e mesquinho para um time que queria ganhar tudo no ano de seu centenário, mas não surpreende, pois faz algum tempo que o Coritiba e sua torcida, só tem se preocupado em derrubar o seu rival mais forte, esquecendo de seus próprios objetivos.

Em relação ao time que iniciará o clássico, especula-se que nosso treinador está com dúvidas. No meio pretende substituir Julio dos Santos por mais um volante, que por exclusão seria Fransergio. No ataque o dilema está entre Wallyson e Julio César.

Aceito o argumento de que o time fica vulnerável com só um volante, mas não se pode deixar passar batido o fato de que quase todos os gols que fizemos nos últimos dois ou três jogos, saíram de lançamentos feitos pelo paraguaio. Dos Santos se tornou o antídoto contra um mal crônico do Atlético, a ligação direta, o chutão, como forma de armar jogadas de ataque. Entre os dois dianteiros, ainda que Julio César tenha melhorado um pouco em relação a algumas partidas nas quais teve desempenho sofrível, Wallyson está em alta e tem dado a velocidade e o talento que estavam faltando ao time.

Se não houver expulsões ou contusões, Geninho deverá ter muito trabalho para adaptar taticamente o time durante o jogo, usando bem os jogadores que estiverem no banco.

Apesar de já gozar da confiança da torcida, será também um teste para este novo Geninho, versão 2009.


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