|
|
Juliano Ribas
Juliano Ribas de Oliveira, 51 anos, é publicitário e Sócio Furacão. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2007 e depois entre março e junho de 2009.
|
|
Arena: um ideal
20/02/2004
|
|
|
A Arena concluÃda é, para este simples colunista que vos escreve, um sonho próximo da realidade. Não é um devaneio que beira a utopia, como o "anel" verde, que há uma porção de anos encontra-se em aberto. É algo plausÃvel. Por quê? Faz parte de um grande projeto iniciado há oito anos que, para a nossa alegria e desespero de outros, continua de vento em popa.
A diretoria do Clube Atlético dos Paranaenses firmou este compromisso e tenho certeza, não decepcionará a grande massa da maior torcida do estado. Que Mário Celso Petraglia é firme e leva as coisas adiante eu não tenho dúvida. Quem se equilibrou nas arquibancadas de metal em 1996, sequer imaginava a dimensão dos planos que MCP lideraria a partir do ano seguinte.
InÃcio de 1997. No lugar da velha Baixada, escombros. E uma tenda armada sob o sol, com o presidente divulgando o ambicioso croqui da Arena. Era difÃcil crer que aquilo poderia tornar-se, em pouco tempo, a nossa casa. Naquele descampado, surgiria uma colossal e majestosa edificação. E o mais espantoso: em apenas 2 anos. Em 1999 já estávamos nos emocionando com o show da inauguração pouco antes do jogo com o Cerro Porteño e dos gols de Lucas e Vanin.
Por isso, amigos, tenho um "feeling", que é quase uma certeza inabalável, que a nossa Arena logo estará concluÃda. Os Presidentes Fleury e Petraglia estão lutando para este fim. Sem alarde. Não falam mais do que deveriam, não prometem, não dão declarações na imprensa que podem estragar o andamento da finalização. Lá no "Arto da Grória", prometem o maior time do Brasil para jogar a Libertadores e monta-se "aquilo". Aqui, trabalha-se em silêncio e monta-se um time com cara de campeão. Esse mesmo trabalho em silêncio nos levará a conclusão da Arena.
A Arena, pronta, terá grandes custos. E precisará da participação da torcida, que terá que mudar a mentalidade. Queremos um Atlético sempre em evolução? Então temos que nos adaptar às mudanças. Muitos criticam-nas, mas elas são necessárias. Estádio de futebol tem que ser um lugar onde as pessoas divertem-se com segurança e um certo conforto. A fase do "espreme-espreme" acabou. Alguém vê isso em jogos de uma Copa do Mundo? Não. O Brasil tem grandes possibilidades de sediar a Copa de 2014. Nossa Baixada é considerada modelo e seu pioneirismo ajudará a mostrar, hoje, que já se faz futebol com organização de primeiro mundo no Brasil.
Todos devemos ter a consciência que nós chegamos antes em outro patamar e para não descermos temos que continuar apoiando a evolução. Com o custo que ela tenha. Ninguém lá na diretoria do Atlético está lá para nos roubar, bater nossa carteira. São atleticanos que sonham com um Furacão sem fronteiras. Eu acreditei na primeira fase do projeto, paguei "quinzão", comprei cadeira e pago religiosamente as duas que tenho, até hoje, assim como muita gente. Ajudar o Atlético também pode ser de outras formas. É só ir sempre que possÃvel ao estádio, faltar poucos jogos. Fazer um sacrificiozinho à s vezes. Deixar de comer um cachorro-quente ou ir ao cinema e guardar essa grana para ver o Furacão. Sei que moramos em um paÃs com dificuldades e nem todo mundo pode ajudar, mas quem puder, que ajude.
Só peço a diretoria que, quando colocar cadeiras em todo o estádio, lembre-se de nós, que ajudamos o Atlético com aquilo que podÃamos, que acreditamos no sonho. Não estou cobrando nada, pois quem ama não cobra e eu não ligo que a Baixada seja repleta de cadeiras. Eu tenho cadeira e sempre fico no andar de baixo, pertinho da grade. Não comprei para usar. Só quero continuar a ser "Sócio Ouro", pois tenho orgulho de ter feito um sacrifÃcio pelo meu Atlético.
Não espero nenhum benefÃcio, mas que a diretoria lembre com carinho de todos aqueles que ajudaram o CAP no momento em que ele precisou muito. E que respeite todos os torcedores, lute por nossos anseios. Pois todo o povo rubro-negro, cada indivÃduo, vale ouro. Sem a massa, o Atlético não é nada. Eu me satisfaço com o meu nome, pequenininho, escrito em uma parede da Arena da Baixada, junto com a de outros torcedores idealistas.
Saudações rubro-Negras àqueles que acreditam sempre.
|
Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.