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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Tudo tem seu preço, qualquer decisão tem dois lados, sempre temos os porquês de tomar tal medida, tal decisão. Como diria o personagem David Aames Jr., interpretação fora de série de Tom Cruise em Vanila Sky , “cada momento da vida é uma oportunidade de mudar um próximo momento na nossa própria vida”. Escolhas....fazemos isso o tempo todo.
Alguns escolheram o time que torcem, outros não. Alguns se viram encantados com a torcida, mesmo com times fracos; outros viram uma época de títulos e se empolgaram; outros tantos sequer tiveram escolha devido à tradição familiar e há ainda aqueles que sem pressão ou contingenciamento externo algum viram brotar dentro de si um sentimento forte e que lhe exacerba a alma. Escolhas. Algumas a gente faz, outras fazem-nos de sujeito para objeto.
Faltam somente três rodadas para o título, deixamos escapar a ponta da tabela por somente duas das dezoito rodadas e caso terminasse hoje o certame seríamos os campeões. Concordo plenamente entretanto com aqueles que criticam o nível técnico do time muito aquém daquele que esperamos e não só os problemas desse último jogo e sim aqueles que são vistos desde o começo do ano. Se mais crítico ainda, os mesmos erros e defeitos dos últimos anos, fazendo o fanático, participativo e sempre disposto torcedor atleticano também estar com a paciência no limite.
Mas ainda podemos escolher. Podemos fazer essas críticas durante as partidas ou cobrando os jogadores depois do jogo. Podemos fazer como erroneamente na minha modesta opinião faz a Torcida Os Fanáticos que vem “boicotando” alguns atletas, ou constrangê-los de uma forma positiva, gritando ainda mais alto seus nomes e aplaudindo até mesmo seus erros, mostrando que sabemos sim dos defeitos (que são inúmeros) deste elenco, mas que eles estão ali nos representando, a toda a nação atleticana e também uma rica e bela história de 85 anos em suas costas.
Temos a escolha de ajudar esse time ou fazê-lo se afundar ainda mais em seus erros, seus defeitos e depois ficarmos reclamando do destino, da sorte ou da falta de capacidade do time. Podemos escolher também gritar ainda mais, levar (mais uma vez) um time mediano no grito, fazermos a diferença dentro de casa e depois sim, se necessário, cobrarmos forte, irmos até a direção que é quem efetivamente manda e exigirmos um time forte, uma equipe que pare de fazer fiasco no nacional e que se apresente com um mínimo de dignidade dentro de campo para defender nossas cores.
A escolha é pessoal, ninguém é obrigado sequer a concordar com a escolha do vizinho de cadeira, do colega de trabalho, do amigo da faculdade ou da namorada cuja família é toda coxa-branca. Mas deve-se respeitar a escolha de cada um e se pensar no bem comum, no caso o bem do nosso Atlético Paranaense.
Fiz minha escolha e este time, com suas falhas e defeitos terá durante todos os 90 minutos das três partidas que nos separam do título meu apoio integral. Fora das quatro linhas se preciso serão cobrados, mas enquanto estiverem dentro de campo com a camisa que nos orgulhamos vestir devem ser apoiados porque amamos esse time e esse amor é sem sombra de dúvidas incondicional.
O amor não pede nada em troca.
ARREMATE
“Não quero cultura inútil, quero algo de verdade/
Sabedoria, dividir e não repartir a cidade” - Fala Sério, MARCELO D2
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