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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Missão impossível
13/04/2009
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Sem querer tapar o sol com a peneira, sem fazer vistas grossas a clamorosa falta de qualidade do elenco, sem também não me esconder atrás dos erros dos outros para tentar explicar nossos inúmeros e sistemáticos erros, tenho que falar. Sem deixar de lado a teimosia do treinador, tanto em ficar com o mesmo time que quase no colocou na segundona ano passado, como insistir num esquema onde somos presa fácil de qualquer time do interior e que nem terá calendário no segundo semestre, tenho que falar.
Não quero de forma alguma não criticar a direção por ter falado do tal investimento em chuteiras e pouco, quase nada ter feito para isso, nem quero justificar a injustificável queixa de Geninho quanto a torcida, que vaiou sim a péssima atuação ontem, mas passou o jogo todo empurrando e incentivando o sonolento time atleticano. Não quero enfim diminuir nossos próprios erros e falar deles enquanto é tempo. Mas não tenho como não falar que com as arbitragens que estamos tendo no campeonato paranaense, ser campeão é uma missão impossível.
E faço a crítica após uma vitória, numa partida sem cartões e onde tivemos ainda um penalti marcado a nosso favor, pois reclamar numa derrota parece mais cômodo e fácil. Mas não, o que se viu ontem foi uma coroação dos show de horrores que se tornou a arbitragem paranaense contra o Atlético. Vale lembrar que a Federação Paranaense de Futebol nos tem como “inimigos” e que a criação da Futpar, que teve em Mário Celso Petraglia um de seus mentores serviu ainda mais para esse afastamento se sedimentar. Vale lembrar das fortes brigas dentro da entidade, do silêncio do outro grande do Estado, o Coritiba e da submissão do Paraná Clube que chegou a comprar o sonho dourado de tentar a sorte no Pinheirão anos atrás.
A crítica é mais forte pelo sem número de erros na partida de ontem, mas basta fazer uma breve análise das rodadas anteriores para perceber que estão tentando, na mão dura, nos tirar o título mais uma vez. Repito, erros e problemas não faltam ao Atlético, desde sua escalação à falta de melhores opções no banco, mas nada justifica os pesos e medidas diferentes usados pela arbitragem que vai invertendo sistematicamente as faltas, em qualquer encontrão nosso com o adversário dá falta e deixa a coisa pegar forte do nosso lado, peita e intimida nossos jogadores, enquanto dá tapinha nas costas e troca risadinhas com adversários, isso tudo dentro de nosso próprio estádio, como que querendo mostrar e provar ao mundo quem que manda ali dentro do gramado.
As duas injustas expulsões de Rafael Moura, a demora em seu julgamento, uma falta não marcada sobre Julio dos Santos que se levantou e viu um adversário se jogar e na cobrança de falta carimbou nossa trave ontem no primeiro tempo, as pisadas no tornozelo e encontrões que nosso camisa 9 sofreu ontem e que não foram marcadas, antagonicamente com qualquer divida que ele dava e era interpretada como falta e a quase certeza de que a arapuca final é escalar Heber Roberto Lopes, aquele cujo histórico em Atletibas fala por si só para apitar o clássico que deve definir o título são alertas para que o clube abra os olhos, desde já se mostre contra esse estado de coisas e torne a conquista de 2009 uma missão que pode ser espinhosa, difícil e que vai requerer mais luta, empenho e dedicação do elenco, mas que nem de longe seja ela impossível de ser conseguida.
ARREMATE
“Eu tenho andado tão sozinho/
Que eu nem sei no que acreditar/
E a paz que busco agora/
Nem a dor vai me negar”. Enquanto ela não chegar, BARÃO VERMELHO
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