Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 56 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Lembranças do passado e caminhos do presente

11/04/2009


A páscoa para mim é associada a vários tipos de lembranças. Reunião de família, viagens, passeios, chocolate e ir à missa. Uma dessas lembranças, a pior de todas, é justamente a do Atletiba em que fomos derrotados por 5 x 1. O time estava com salários atrasados, naquela clássica situação de penúria que os mais velhos seguramente vão lembrar.

Fui embora um pouco antes do estádio e não vi o quinto gol. A imagem mais forte que tenho na lembrança, é a rua ao lado do Colégio Estadual, completamente tomada por uma multidão silenciosa, onde não se ouvia nada além dos passos de cada um retornando para suas casas. Um dia triste que mudou para sempre a história do nosso clube.

O tempo passou e vivemos páscoas muita mais felizes do que aquela. Amanhã temos a chance de permanecer na liderança do estadual, para na semana que vem confirmarmos o serviço e dar um enorme passo na direção do título paranaense. Mais uma vez a prudência é determinante e não subestimar o adversário, faz parte da missa que Geninho vem rezando para seus jogadores. O Nacional é um time xarope, e já roubou pontos do Atlético. Toda atenção é fundamental. Falando do time todos os meus respeitos a Valência. Sugiro a direção do Clube que o faça entrar em campo amanhã, para receber os nossos aplausos e toda nossa admiração. Valência é do povo.

Patrocínios, Marketing e coisas afins

Em breve teremos novidades em nossos calções. Isso fundamental para um clube que se comporta da forma que o Atlético faz, gerenciando sua marca de forma respeitosa, consciente e cuidadosa, como poucos fazem no Brasil. Na necessidade, tudo se torna possível, e os clubes acabam fazendo acordos ruins, pois não tem capital de giro para suportar os elevados custos do futebol profissional. Esse jogo não é coisa para amadores. Requer investimentos pesados pois não basta ao patrocinador estampar a marca na camisa do time. É preciso ter um conjunto de ações combinadas com o patrocínio, para construir de fato uma relação de sinergia com o “consumidor torcedor” atleticano.

A ARENA ainda permite uma série possibilidades, que ao meu ver ainda estão sendo pouco exploradas pela direção rubro-negra. Poderíamos estar desenvolvendo novos parceiros, que disponibilizassem ferramentas tecnológicas que possibilitem acesso a mais anunciantes e, como conseqüência, aumentassem as possibilidades de faturamento com o estádio. Telões, painéis de luminosos programáveis por computador, televisões de lcd pelos galerias, um museu permanente que se não rende dinheiro, agrega valor para a marca do rubro-negro e também pode captar patrocínios. Enfim, uma série de possibilidades que eu tenho certeza, devem ser constantemente debatidas pelo departamento de marketing do Atlético.

Em nossos caminhos do presente, ainda estamos à frente dos nossos rivais aqui na nossa aldeia. Nem por isso devemos nos acomodar. É preciso permanecer atentos, ligados, procurando inovar, criar alternativas, ver novas possibilidades, enxergar adiante do que os olhos dos adversários conseguem ver. Sem isso, podemos nos tornar iguais a eles. Não somos. E nem queremos ser.


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.