Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Inferno Astral

01/04/2009


Não entendo bulhufas de Astrologia e nem mesmo sou uma aprendiz de Mãe Dinah, mas aprendi – da pior forma possível – que o inferno astral é aquele período esquisito, truculento e principalmente de má sorte que precede o nosso aniversário.

Na real, nem sei se ele realmente existe, se é inevitável ou se se trata apenas de uma desculpa para justificar alguns infortúnios!

Mas, em todo caso, prefiro jogar a culpa nessa configuração astrológica misteriosa a acreditar que não há uma explicação para esses fenômenos. Afinal, será simplesmente coincidência o fato de que as coisas tendem a dar muito errado bem pertinho da inauguração de uma nova idade?

Uma das hipóteses que tenta justificar a existência do inferno astral é a de que o nosso aniversário é o marco de um novo ciclo solar, onde o Sol passa pelo mesmo ponto do Zodíaco que estava quando nascemos, sinalizando uma nova etapa para a sua consciência. Em razão disso, os trinta dias que antecedem esta renovação são exatamente os últimos do ciclo anterior que a consciência vinha atravessando, e talvez por isso entre em “colapso”.

Porém, quando o mapa astral é o do Atlético, percebemos que deu a louca nos astros e que já faz um tempão que o Sol não retorna ao seu devido lugar. O que impõe recorrentes períodos de inferno astral ao Furacão! E olha que nem mesmo o seu 85º aniversário devolveu a paz ao nosso ariano favorito.

Tem sido assim com o Atlético, em que pese apresentar alguns episódios isolados de harmonia astral, encontra-se envolto por uma maré complicada há anos e no domingo passado tivemos mais um grande exemplo disso.

Aliás, essa 1ª rodada só pode ter sido obra do referido fenômeno astrológico, visto que, além de machucar o Valência, até no sorteio do horário fomos vencidos! Porém, sobre o jogo em si, nem o inferno merece ser invocado, já que o 1x2 saiu barato...

O pior de tudo é que não é preciso ser um Nostradamus para enxergar as carências do nosso elenco, assim como não é nada sobrenatural apontar aqueles que jamais poderiam ter sonhado em vestir a camisa rubro-negra e, ainda, aqueles outros que tem tudo para salvar a lavoura.

Essa má fase crônica e a aparente teimosia, característica do signo de Áries, vem tirando os torcedores do eixo e prejudicando sensivelmente a sua aura positiva. Mas é preciso ter em mente que ninguém erra de propósito e que não é vaiando que se conserta alguma coisa!

O problema existe e, ao invés de ficarmos procurando culpados, temos é que solucioná-lo!

Enfim, não estamos tão a mercê dos astros quanto parece, pois existe algo muito maior e mais forte do que uma imposição astrológica, trata-se do livre-arbítrio! Todos possuem o livre-arbítrio e podem fazer a diferença, ainda mais compreendendo o ciclo no qual estão inseridos. Não torcemos para um clube de amadores e tenho certeza de que está sendo feita uma reflexão forte para não ocorrerem os atropelos que até então foram cometidos.

Mais uma vez, é momento de união e de restabelecer a harmonia! Temos que erguer a cabeça, juntar os caquinhos, deixar de lado a mágoa e nos prepararmos para a rodada seguinte.

E a próxima etapa começa amanhã! Vamos afastar essa zica de uma vez por todas. Precisamos desse título e nosso time – com ou sem laterais, com ou sem Julio Cezar, no 3/5/2 ou seja lá o que for - precisa de todo o apoio possível.

Ah! E se os astros voltarem a conspirar a nosso favor: melhor ainda!



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