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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Quando juntamente com outros colegas atleticanos metidos a analistas de futebol criticávamos o time mesmo nas vitórias, algumas delas em série e a manutenção de uma invencibilidade interessante, não a fazíamos por prazer em sermos chatos, mas simplesmente por vermos repetido um mesmo erro. Assim como foram as espetaculares campanhas nas fases preliminares em 1996, 1997, 2004 e 2008, apresentamos claro e evidente declínio técnico quando das fases mais agudas e acabamos por perder o campeonato estadual. Depois do resultado de ontem, já são três derrotas seguidas do rubro negro.
Ano passado para quem não lembra, após batermos o recorde do Furacão de 1949, nos desfizemos de titulares importantes sem sequer uma reposição, tivemos a “manha” de sermos eliminados em casa, ainda na primeira fase da Copa do Brasil para um exótico clone nordestino do Corinthians, quase ficamos de fora das semi finais, não fossem os gols salvadores de Alan Bahia diante do Paraná e Iraty e vencemos em casa e perdemos fora para o Toledo para chegarmos às finais que com a grotesca falha do zagueiro Danilo e do inseguro goleiro que hoje inexplicavelmente é titular, demos de bandeja dentro de nossa própria casa, mais um título para nossos rivais.
Ano após ano “massacramos” times semi amadores do interior do Paraná, equipes que sequer tem calendário a partir de maio e fazemos valer a força da tradição, de nossa camisa e a pressão da torcida para darmos aquela animadora disparada no certame estadual. Basta alguma equipe ou principalmente o Coritiba darem uma ajeitada a mais no time para vermos que basta passarmos da divisa do Rio Iguaçu, do Caminho do Peabiru ou cruzar a fronteira do Vale do Paraíba para os erros exponencialmente ficarem escancarados e mais uma vez termos aquele sentimento de decepção com o Atlético.
Um time que vai levando, indo como dá e mostra claramente um irritante desinteresse pelo jogo, mesmo sendo apupado constantemente pelo já irritado Geninho, que muda, faz o que pode, mas não vê em campo aquilo que planeja durante a semana. É clara e evidente a falta de qualidade do elenco, não só em peças de reposição, mas principalmente entre os titulares, já que este time até hoje tem alas improvisados, não sabemos ao certo quem mais ajudará Marcinho na criação e muito menos quem vai ajudar Rafael Moura, único atacante de relativa qualidade e que teve uma injusta expulsão anotada na tarde de ontem.
Como escrito desde a primeira rodada do estadual: com esse time até podemos vencer o estadual, mais fruto da baixa qualidade dos adversários que por méritos e qualidades deste time, mas para qualquer voo um pouco mais alto, a decepção é certa! Ainda não fizemos sequer uma mísera partida inteira decente, não conseguimos mostrar 90 minutos seguidos de um bom futebol e me preocupa se a direção, eleita sob o mote de “investir mais em chuteiras” não se mexer e qualificar com brevidade este time.
O preço da decepção ,caso nada seja feito, pode ser alto demais. Ainda há tempo.
ARREMATE
“o vermelho amarelo a tintura do véu/
a fumaça era grande subia no céu/
iluminismo do drumbismo do Zumbi/
a Babilônia não está tão longe pela quantidade que se consome”. - Blunt of Judah , NAÇÃO ZUMBI
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