Sérgio Tavares Filho

Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa família 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.

 

 

Nem o melhor, nem o pior

05/02/2004


Confesso que fiquei surpreso pelo número de e-mails criticando a postura da Furacao.com ao publicar um editorial defendendo Mário Sérgio. Assinei a coluna com os outros dois editores do site, Marçal Justen Neto e Cleverson Freitas. A cada elogio recebido, chegavam cinco críticas.

Com democracia, publicamos a opinião de alguns internautas que estavam insatisfeitos com a suposta covardia do treinador em recuar o Atlético no segundo tempo do Atletiba. Eu ainda não consigo admitir essas duras críticas, mais levadas pela emoção do que pela razão.

O atleticano mudou muito. Depois da conquista do Brasileiro faz questão que o time fique sempre entre os primeiros colocados. Só que não é fazendo esse tipo de cobrança que voltaremos a chegar ao topo. Não foi vaiando que conseguimos títulos. Quando Carlinhos Sabiá perdeu um pênalti na decisão do Paranaense de 88, aos 43 do segundo tempo, não lembro de insultos. Lembro-me de uma torcida que apaludiu o time e voltou ao Pinheirão no domingo seguinte para colocar a faixa de campeão.

Mário Sérgio não é o melhor nem o pior técnico do Atlético "New Generation". Quando chegou à Baixada o treinador prometeu salvar o time que estava ameaçado de rebaixamento e que o trabalho começaria a ser colocado em prática somente em 2004, com uma boa pré-temporada. Pelo menos dois objetivos já foram alçados. Resta a boa campanha neste ano.

E com Washington e Ilan no ataque, Fernandinho um pouco mais recuado e Rodrigo na reserva, Mário tem tudo nas mãos para fazer com que o povo que puxou o coro de burro, no clássico contra o Coritiba, mude de posição e faça com que as mãos se unam e façam o barulho de palmas.

Calma, torcida!


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