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Juliano Ribas
Juliano Ribas de Oliveira, 51 anos, é publicitário e Sócio Furacão. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2007 e depois entre março e junho de 2009.
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Gabiru Reloaded
16/03/2009
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Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, dizem. Não sei. Nunca fui atingido por um raio, quanto mais duas vezes. No filme “O Estranho Caso de Benjamin Button”, baseado num conto de F. Scott Fitzgerald, um personagem toma sete raiadas na cabeça e não morre. Tudo pode acontecer nesse estranho mundo em que a gente vive.
Sei que podemos estar deixando de ver a reedição de um caso de sucesso que aconteceu bem diante desses mais de um milhão de olhos que a terra há de comer da torcida atleticana. O estranho caso de Adriano Vieira, o Gabiru.
Pode ser que eu esteja enganado. Como pode. Mas pegue o caso Wallyson. Veio franzino e com as estruturas corporais frágeis do nordeste. De um clube de três letrinhas. Chegou como revelação. Recebeu tratamento para ganhar massa muscular na sensacional estrutura do Atlético Paranaense. Levou um trato geral na lataria. Até peeling no rosto deve ter feito. Tornou-se um novo jogador.
Pode ser muito arriscado traçar qualquer paralelo entre Wallyson e Adriano "Gabiru" Vieira. Não são apenas a posição que ocupam no time e o nome exótico de um contrastando com o nome padrão do outro que fazem a diferença. Gabiru entrou para a história Rubro-negra. O outro, pode ser que ganhe oportunidade que pedimos e sequer chegue a construir um décimo do que Adriano fez por aqui.
Mas o clube investiu no garoto de nome que parece sobrenome sueco. O “filho de Wally”, o garoto cuja graça recebe sub-linha do corretor ortográfico do Word, pode vir a se tornar um atleta de grifo para o Atlético? Essa parada só Seu Geninho pode responder.
Wallyson volta a ser citado agora como preferência popular na enquete aqui do furacao.com, como o companheiro ideal para o Príncipe Adam, o popular He-Moura.
Na única oportunidade real e oficial que teve no ano, no jogo contra o Iguaçu, sob as luzes relampejantes dos refletores Rubro-negros do estádio Antiocho Pereira, Wallyson ajudou o Atlético a construir a vitória de dois a zero arquitetando um dos gols de Marcinho com uma bela jogada. É pouco pra apostar no cara? A princípio sim.
Lembro-me também dos vídeos do You Tube em que o narrador potiguar tem uma síncope ao narrar os gols de Wallyson, que só não fez chover porque chover em Natal é proibido pela associação de turismo local.
Não quero ser injusto com o Júlio Cesar. Nem como o falso lento Lima. Com Jorge Preá vou ser justo: o ex-reserva do Palmeiras não passou de um porquinho da índia até agora. Mas estou com a maioria da galera. É hora de botar o nosso cyborg potiguar em ação.
É hora de gols em jogadas trabalhadas de ataque, de penatração na zaga adversária, além dos gols de chuveirinho ou de petardos de fora da área. Precisamos aumentar nosso portfólio de jogadas de ataque. Wallyson pode ser o cara para nos ajudar a fazer isso. E nunca saberemos se Seu Geninho não lhe der o tal do ritmo de jogo.
E que um raio não caia na minha cabeça se eu estiver errado.
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