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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Caros leitores, em meu humilde pedido de licenças, aproveito a carona do nobre colega e colunista Juliano Ribas, que soube como ninguém expressar em sua opinião "Foco" as mais precisas palavras de apoio e incentivo a um dos nossos maiores motivos de alegria e orgulho: o nosso querido Atlético.
Em várias matérias publicadas desde o inÃcio do ano através de vários meios de comunicação, é impressionante a quantidade de crÃticas, boatos e assuntos desnecessários que dizem respeito ao nosso clube. Em momento algum pudemos observar um volume muito maior de aplausos, pois os mesmos foram abafados por uma espécie de energia negativa que acabou contaminando os meios, principalmente a nossa vasta internet, uma das maiores e melhores alternativas
do torcedor.
É preciso que o torcedor atleticano coloque em sua cabeça que o ano de 2003 ficou para trás (graças a Deus) e que já estamos vivendo um novo ano, um novo momento, com novos pesos e novas medidas. Boa parte do elenco está renovada, já disputamos três partidas este ano e vencemos todas, temos um lateral esquerdo, teremos o retorno do veloz Dagoberto, contamos com a excelência de futebol do garoto Jadson, de quebra temos o ótimo Fernandinho e, acima de tudo, temos que absorver esperanças e otimismo, virtudes que acompanham o atleticano desde 1924, e que estão completando 80 anos em 2004.
Nobre atleticano, chega de tentar encontrar explicações sobre o valente Adriano, chega de atirar pedras neste rapaz que nos encheu os olhos de alegria com sua raça e determinação. O que ele fez pelo Atlético já é o suficiente para que possamos lhe agradecer pelo resto das nossas vidas. Quanto ao seu futuro, para onde vai, se vai e como vai, pouco nos importa agora, desejo apenas que ele seja muito feliz, onde quer que esteja, assim como desejei para Fabiano,
Gustavo, Kleberson, Alex Mineiro entre outros.
Vamos nos ater a outros enfoques, sobressaltando a performance de Washington, grande guerreiro que sente como ninguém a alegria de estar vivo, renascendo no CT do Atlético. E quem disse que o nosso presidente é insensÃvel? Não foi o que apresentou em sua declaração sobre o atacante, exigindo que o clube acolhesse Washington e lhe oferecesse todo o amparo para que um dia ele voltasse a jogar, sem precipitação e sem pressa, provando que antes de ser um atleta, é um grande exemplo de vida.
Sinceramente, me sinto orgulhoso cada vez que ouço falar de sua recuperação e sua força de vontade. Podemos dizer que isso significa "a cara do Atlético", nos trazendo o sentido correto da palavra superação.
Não é hora de procurarmos respostas aos atos impensados ou a declarações infelizes, sejam de dirigentes ou sejam da comissão técnica. É hora de levantarmos mais uma vez aos mãos aos céus, batermos a mão no peito e agradecermos por sermos atleticanos, ontem, hoje e sempre. Não acredito que existam atleticanos infiéis, mesmo aqueles que vaiam o Atlético antes do inÃcio de um jogo, acredito sim que eles devam ter uma boa aula de como o Atlético surgiu, por onde o Atlético passou e o que é o Atlético Paranaense hoje em dia.
Com certeza esses torcedores não presenciaram um Atlético entupindo o estádio rival em um clássico vermelho e preto em 1983 contra o Flamengo, não viram o furacão ser bicampeão estadual 82/83, com Nivaldo, Lino, Capitão, Washington e Assis, não voltaram para casa brancos de poeira vinda das arquibancadas rubro-negras, não vibraram com um gol contra de Berg no clássico atletiba de 1990 (mais um tÃtulo), não esperaram ansiosos a "jabiraca" antes dos treinos, não invadiram o gramado da velha baixada em 1985 após a vitória contra o Londrina e o tÃtulo estadual, enfim, não conhecem a verdadeira essência de um dos maiores clubes do Brasil. Não são infiéis, são isentos de tais emoções, quem sabe um dia aprendam o que o Atlético significa na vida daqueles que tem o furacão "na veia".
Dando um belo passeio pelo passado, deixo aqui registrada a minha grata satisfação de ser um grande atleticano, apenas um entre todos nós, e apenas mais um entre milhares de rubro-negros. Não podemos nos esquecer que o nosso maior dever é administrar a nossa superioridade, caso contrário, nos tornaremos torcedores chatos, e aà seremos torcedores comuns, e essa nunca foi nossa caracterÃstica. Amigos, vislumbro um belo ano, com grandes alegrias e conquistas, portanto, a todos nós, grandes atleticanos, um fantástico ano de vitórias e realizações.
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