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Silvio Rauth Filho
Silvio Rauth Filho, 50 anos, descobriu sua paixão pelo Atlético em um dia de 1983, quando assistiu, com mais 65 mil pessoas ao seu lado, ao massacre de um certo time que tinha um tal de Zico. Deste então, seu amor vem crescendo. Exerce a profissão de jornalista desde 1995 e, desde 1996, trabalha no Jornal do Estado. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2009.
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O time dos mortos-vivos
03/03/2009
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Viáfara; Cristian, Igor, Durval e Michel Bastos; Fahel, Rodrigo Souto, Morais e Edno; Jorge Henrique e Dinei.
Esse time imaginário pode animar torcedores do Vitória, do Sport, do Corinthians, do Flamengo, da Portuguesa, do Vasco, do Botafogo... Mas causa arrepios nos atleticanos.
São 11 jogadores que vestiram a camisa rubro-negra e não deixaram saudades por aqui. Curiosamente, após trocarem de clube, tornaram-se jogadores importantes nas suas equipes.
Viáfara começou empolgando aqui no Atlético, mas logo virou uma piada para muitos torcedores. No Vitória, teve bom desempenho e ganhou a posição.
O volante Cristian chegou do Paulista com a Copa do Brasil no currículo, mas aqui no Furacão mostrou uma sonolência irritante. Não rendeu como volante, como ala-direita, muito menos como meia-armador. Virou um campeão de vaias da Arena. Depois, virou xodó das duas maiores torcidas do Brasil: Flamengo e Corinthians.
Igor e Durval tiveram alguns bons momentos aqui no Atlético, mas depois de algumas falhas viraram alvo predileto de torcedores. No Sport, conquistaram a Copa do Brasil e o respeito da torcida.
Michel Bastos, quem diria, virou artilheiro na França. Com nove gols em 24 partidas,
é o goleador do Lilles, sétimo colocado no campeonato nacional. Aqui no Atlético a história era bem diferente.
Já Fahel ficou famoso no Furacão pelas lambanças em campo. Claro que o coitado teve pouco tempo para mostrar seu futebol e ainda ficou marcado pela polêmica envolvendo sua documentação. Em outra plagas, Fahel virou capitão, autor de gols importantes e jogador-chave no esquema tático.
Na Arena, Rodrigo Souto foi tratado como refugo pela torcida. E depois, recebeu tratamento parecido por parte da diretoria. No Santos, tornou-se titular absoluto do técnico Vanderlei Luxemburgo.
Morais jogou tão mal aqui que até senti saudades do Rodriguinho. No Vasco, brilhou e foi até a seleção brasileira. Edno chegou ao Atlético após brilhar no Interior paulista, jogando no meio-campo. Aqui foi queimado na lateral-esquerda. Na Portuguesa, retornou à posição de origem e arrebentou.
No ataque, a situação é mais engraçada. O Dinei, outro campeão de vaias na Arena, agora é artilheiro do Celta, da Espanha. Em 2008, jornais baianos publicaram que o Vitória despencou na tabela do Brasileirão depois que o atacante foi negociado com o clube espanhol. Era a Dineidependência!
E quem diria que Jorge Henrique teria utilidade para algum clube de futebol? Pois é. Virou ídolo do Botafogo e agora é tratado como o companheiro ideal para Ronaldo Fenômeno. Se alguém falasse isso em outros tempos, muitos pensariam que Jorge Henrique era o nome de um traveco.
“Todo mundo gosta de um bom perdedor, especialmente se estiver no time adversário”, já disse Milton Segal.
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