Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Caiu a casa

22/02/2009


E não é que caiu a casa do doutor Mário Celso Petraglia? O homem forte do Atlético enfim perdeu o poder. Depois das últimas eleições, quando a situação venceu, eu imaginava que as coisas continuariam como antes e que Mário Celso Petraglia continuaria no poder mesmo não estando à frente de nenhuma diretoria, pelo menos formalmente.

Eis que para a minha surpresa e acredito que para a surpresa de uma grande parte da torcida atleticana também, o presidente do Conselho Administrativo Marcos Malucelli tomou conta da situação e aparentemente está colocando ordem na casa. Juntamente com o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Gláucio Geara, Malucelli está dando transparência ao clube, que viveu por muitos anos como se estivesse enclausurado, quase que totalmente trancafiado atrás dos muros do CT do Caju.

Todos sabem da importância que Mário Celso Petraglia tem e teve para o Atlético. Ele foi o homem forte do Atlético por mais de uma década. Administrou o clube com mãos de ferro e da sua maneira, afastou muita gente boa do clube, se fechou no seu mundo, pois não confiava em ninguém, o que acabou o afastando de todos. O Atlético tornou-se uma potência fora de campo. Dentro de campo, ganhou o principal título da sua história, foi vice-campeão nacional e foi uma vez vice-campeão das Américas, porém nos últimos anos o futebol foi deixado de lado, o que irritou de certa forma a fanática torcida atleticana, que se associou e hoje em números absolutos ultrapassa os 20 mil sócios. Com a força vinda das arquibancadas o Rubro-Negro se livrou do rebaixamento em 2008, mas teve que esperar até a última rodada contra o Flamengo para enfim respirar aliviada.

A questão a ser levantada neste momento não é a importância que Mário Celso Petraglia teve dentro do Atlético, como um ciclo que se completou (ou ainda não, na visão dele, eu imagino!) ele está praticamente fora do clube, por “n” questões que somente quem as vive deve estar a par de toda essa situação. Seria burrice deixar Petraglia de fora das atividades do dia-a-dia do Atlético, porém, se ele não está interessado em compartilhar as responsabilidades com a nova direção atleticana deve sim se distanciar e voltar numa próxima eleição.

Para encerrar, quero deixar claro que não estou sorrindo à toa com essa situação como alguns amigos petraglistas imaginam. Já critiquei muito o seu trabalho, mas elogiei sempre que mereceu. Não concordei por inúmeras vezes sobre a forma que ele se isolou no poder, mas ele deveria saber o que estava fazendo. De qualquer forma, desejo sorte ao doutor Mário Celso Petraglia e muito mais sorte ainda aos presidentes Malucelli e Geara. A única coisa que me interessa é um Atlético forte, com ou sem, Mário Celso Petraglia.


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