Wagner Ribas

Wagner Ribas, 42 anos, consultor, acima de tudo pai e atleticano, costuma viver na Baixada as suas maiores alegrias. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2009.

 

 

Os gringos

09/02/2009


Parte I – O Monstro Valencia

Também conhecido como Valencia, o monstro colombiano é, sem dúvidas, o melhor em sua posição no Brasil, na América Latina e quiçá, um dos melhores no mundo.

Onipresente e incansável na marcação, Valencia apresenta um futebol de brilhar os olhos. Não exatamente na questão técnica, até por que essa não é – ou não deveria ser pelo menos – a parte que lhe cabe, mas sim nos principais fundamentos que a posição de volante de contenção exige, como a marcação e o combate.

Sempre disposto, são raros os erros que vemos o colombiano cometendo, mas quando os comete, a cena mais comum é vê-lo atravessando o campo, se preciso for, para recuperar a bola perdida. Não a toa, logo no inicio da temporada, foi indicado como o melhor preparo físico do elenco atleticano.

Se tivesse que dar ao monstro colombiano apenas uma instrução, diria a ele que arrematasse mais a gol quando a chance surgir. No mais, basta manter a mesma disposição, raça e preparo físico.


Parte II – Ferreira

Agora com alguns petro-dólares em sua conta bancária, depois de uma curta temporada nas arábias, Ferreira deveria estar mais disposto ao futebol.

Mas, infelizmente, não é o que acontece. Aliás, o que tem acontecido é que ele corre, corre e nada.

Alguma coisa parece o afligir, pois, desde que retornou do futebol árabe, ele já não corre com a mesma velocidade, já não arremata com a mesma precisão e seus passes já não são mais precisos como poderiam ser.

As cobranças estão começando a surgir, e, embora alguns digam que ele esteja em ascendência técnica, cada dia me convenço mais que, no momento, o melhor para o Ferreira seria mesmo pegar uma reserva.

Marcinho está pedindo passagem, e pelo pouco que teve oportunidade, já mostrou a que veio.

Parte III – Julio dos Santos

Um sonho de consumo antigo atleticano, mas que, infelizmente, não tem agradado a todos.

O paraguaio é o típico jogador que faz a bola correr, e não aquele que corre atrás da bola, como nós torcedores estamos acostumados. Assistindo aos jogos sem levar em conta os comentários da mídia paranaense com relação ao “Rulio”, consigo perceber que com ele, é a bola quem gira.

Nos últimos jogos comecei a prestar atenção em quantas bolas que partiam de seus pés e encontravam algum companheiro em posição tranqüila para um cruzamento, ou para uma tabela, ou até mesmo para um arremate a gol. Não foram poucas, porém, como o elenco atleticano não é perfeito, as jogadas não davam continuidade por que, ora a bola caía no pé de um jogador que não consegue acertar um cruzamento, ora caía no pé de outro com mais disposição em correr com a gorduchinha do que tentar uma tabela, fora o fato que não temos nenhum jogador com grande capacidade de arremates longos.

Mesmo improvisado na posição de segundo volante, e tendo que marcar o armador do time adversário, na minha concepção o paraguaio tem sido um dos melhores em campo, fazer o que...

Querem que ele resolva sozinho, aí, quem sabe, vão dar a ele o devido valor. Mas enquanto isso não acontece, corremos o risco de perder um dos jogadores mais técnicos que já passaram por aqui nos últimos anos.

Geninho, da uma chance para que o paraguaio jogue na sua, armando as jogadas sem se preocupar muito em marcar, ou então, deixe que ele jogue um pouco ao lado do Marcinho, vale a pena conferir.

Desculpas

Gostaria de pedir desculpas a todos pela falta de textos nos últimos tempos, apesar de que, como o nível do pessoal que entrou e tem escrito está altíssimo, provavelmente minhas colunas seriam apenas um grão entre todos.

Mas estou de volta, havendo sugestões de assunto, estou à disposição.


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