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Ricardo Campelo
Ricardo de Oliveira Campelo, 44 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.
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Novos ventos sopram na Arena da Baixada e no CT do Caju. O vento do otimismo, que há tempos não nos brindava, parece ter voltado a se espalhar pela torcida atleticana.
Não que se devam criar grandes expectativas. A todo rigor, o time que temos é a base do mesmo grupo que sofreu para não ser rebaixado. E como agravante, os demais times do país estão aproveitando a crise internacional que esfriou o mercado para se reforçar com jogadores de alto gabarito. Portanto, é difícil se iludir quanto a objetivos em âmbito nacional.
Mas é fato que os tempos são de mudanças, quer dizer, de melhoras. Por exemplo, o retorno de Lima, um ídolo. Ídolo é assim: sai da reserva de um time rebaixado e é capaz de levantar a torcida quando chega o momento da reestreia em casa. Os poucos minutos de Marcinho em campo, nesta quinta, também foram animadores. Como é gratificante ver a estreia de um jogador que já sabemos que tem qualidade, bastando torcer para que consiga mostrá-la no Atlético.
E cumpre ainda ressaltar a manutenção de peças importantes. Começamos o ano com um treinador de ponta e também ídolo da torcida. Aliás, Geninho parece ter acertado a mão no meio-campo atleticano, com o aproveitamento de Julio dos Santos. O paraguaio jogou muita bola ontem, e, bem organizado por Geninho, tem tudo para ser uma grande estrela do Atlético em 2009.
2009 começa com um Atlético mais equilibrado, mais organizado, e menos arrogante. Um alento para o torcedor que sofreu tanto nos últimos anos.
Galatto
Não fomos justos ao final de 2008. Nós (torcida/imprensa) fomos rápidos em creditar as glórias da permanência na Primeira Divisão a Geninho. Claro que o treinador tem méritos imensos, mas Galatto também tem direito a pelo menos metade das fichas deste pote. O goleiro atleticano é disparado o melhor que tivemos nos últimos anos, e foi a peça fundamental para que não tivéssemos uma campanha ainda pior no Brasileirão. Seria fácil citar pelo menos 10 defesas memoráveis em jogos importantes, e que foram decisivas no resultado. Por exemplo, o pênalti defendido contra o Vasco no 1º turno, que impediu o empate do time carioca, concorrente direto que acabou rebaixado.
A Galatto, meus respeitos e minha gratidão. É muito bom começar o ano sabendo que temos um dos melhores goleiros do Brasil.
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