Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Igual ao biscoito?

16/12/2003


O atleticano vive momentos de angústia. Primeiro, por ver os dois rivais da cidade em melhor classificação e com vagas asseguradas em torneios internacionais no próximo ano. Ainda rezamos por uma vaga na Copa do Brasil! Depois por não saber ao certo para onde caminha o futuro do rubro-negro.

Quando a Baixada foi reinaugurada em 1999, ouvíamos dizer que até 2001 o maldito colégio já teria saído e o estádio poderia ser finalizado. Como ganhamos o inédito campeonato brasileiro naquele ano, passou batido e ficou, praticamente como promessa que no máximo no final de 2003, a Baixada estaria pronta. Mais um ano se passa e a impressão que temos é que o Atlético nem faz tanta “força” para que o colégio saia e a negociação se arrasta mais uma vez.

Talvez um pouco mais de clareza da direção rubro-negra fizesse bem ao torcedor atleticano. Porque o presidente só aparece para dar entrevistas após vitória em clássico, ou quando é para demitir, via rádio, jogador ou treinador que não estejam rendendo a contento? Esse momento de calmaria é o ideal para esclarecer alguns aspectos do futebol atleticano.

O medo do torcedor atleticano, é termos a repetição de erros. Não vai ser montada uma equipe forte pois o calendário de 2004 não é atrativo; logo a campanha deve ser ruim, o que inviabiliza um time forte em 2005, que não nos ofertará um calendário atrativo, e assim sucessivamente.

Há dois anos a prioridade do Atlético, deixada de uma maneira clara ao torcedor, é saldar dívidas e vender os bons valores do time para fazer caixa. Assim, Gustavo, Cocito, Souza Flávio, Fabiano, Kleber, Alex Mineiro (que voltou) e Kleberson, titulares absolutos em 2001 foram negociados e jogadores de um quilate muito inferior vieram suprir suas ausências.

Definitivamente o Atlético precisa montar um elenco forte para o ano que se aproxima. Ou seremos como aquele biscoito, que indagava vender mais por ser fresquinho, ou ser fresquinho porque vende mais.

Montaremos um time forte para sermos campeões e termos calendário atrativo no ano seguinte, ou por não ter calendário atraente vamos montar times fracos como o deste ano? Com a resposta a direção atleticana.


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