Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

Cada um no seu quadrado

01/12/2008


Muitos acreditavam que o profissionalismo iria prevalecer, e que os coxas dificultariam a vida para o Vasco. Eu nunca me iludi com este resultado, mesmo porque todos meus amigos coxas diziam que não torceriam para o próprio time vencer. Os resultados estão aí, para quem quiser ver. Fizeram 5 gols contra o Santos, e nenhum contra o Vasco, que tem a pior defesa do campeonato. Nos últimos 4 jogos em casa, fizeram 6 pontos contra dois adversários do meio da tabela (Santos e Atlético-MG), e apenas 1 contra os dois concorrentes do Atlético na fuga do rebaixamento (Náutico e Vasco). Aliás, contra Vasco e Náutico o Coritiba não marcou um gol sequer. Eu já não tenho a ingenuidade de achar que é coincidência, mas fazer o quê? Cada um, cada um.

Melhor assim. Na realidade, os coxas só nos deram a oportunidade para vencer este desafio unicamente por nossos próprios méritos. Temos uma partida para vencer, e dependemos exclusivamente do nosso resultado; do nosso time. Jogaremos dentro da nossa casa, diante da nossa torcida, com a união e esforço de todos os atleticanos.

A bem da verdade, se eventualmente não conquistarmos os resultados de que precisamos, o rebaixamento também não será por culpa de ninguém menos do que nós mesmos. O Figueirense fez no RJ o que nós não fizemos, vencendo o Botafogo. O Náutico, ainda que com a ajuda decisiva da arbitragem, também fez a sua parte vencendo um confronto fundamental. Nós fizemos apenas 1 ponto nas últimas duas rodadas, e por isso voltamos a correr o risco de cair.

Me parece que o Atlético perdeu um pouco o foco, ao imaginar que os resultados dos outros times o salvariam. Acreditamos que, entre tantos resultados possíveis, ao menos um nos favoreceria. Confiamos nos estatísticos que apostavam na permanência com 42 pontos, e que algo deveria acontecer para garantir que estivessem corretos.

Agora, chega. Não temos nada que nos preocupar com o Vitória, o Internacional ou o Santos. Tenho certeza de que Vasco e Figueirense vencerão seus jogos, diante de seus estádios lotados, assim como o Náutico deve conseguir um bom resultado na Vila. As quatro linhas que decidirão nosso destino são as do campo do estádio Joaquim Américo. Neste terreno, enfrentaremos o Flamengo, um dos maiores clubes do país, com a maior torcida, mas que já superamos em outras oportunidades graças à força de nossa torcida e à bravura de nossos jogadores. É isto que precisa se repetir no próximo Domingo.


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