Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Esperança VIII

01/12/2008


Ainda nos resta a esperança. Pegando trechos de I Coríntios 13: “...ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria” me inspiro. A nós atleticanos, além do amor ao clube do coração, nos resta a esperança!

É ela, essa esperança cega, essa fé que remove montanhas que nos faz acreditar no resultado positivo domingo diante do Flamengo. Mostramos mais uma vez, mesmo com a desculpa da injusta expulsão tão precoce todas as nossas limitações, todo o vasto repertório da baixa qualidade que nos faz lutar ingloriamente até a rodada final contra um rebaixamento que já era certo, passou a improvável e hoje novamente nos assusta. Mas a esperança de que mesmo o Atlético tendo repetido erros por três anos seguidos ao abandonar o futebol, e ficar flertando com o rebaixamento, brincando com o sentimento o seu apaixonado torcedor, é que a sorte nos sorria mais uma vez e que decididamente se invista com um pouco mais de bom senso naquilo que de mais importante um clube essencialmente de futebol como é o Atlético tem: o seu futebol.

Domingo é dia de decisão. Infelizmente não para disputarmos um título, mas simples e solenemente para escaparmos de uma segunda divisão! Esperança e muita fé é o que carregaremos conosco para o desafio do próximo domingo. Eu acredito!

PROCESSO ELEITORAL

No mínimo o sócio atleticano em condições de voto tem uma opção. Se nas eleições anteriores havia somente uma chapa inscrita, por muito tempo pela unanimidade de pensamento, mas de anos pra cá pela falta de outros quadros com disposição e chances de vitória, agora haverá condição de se escolher entre candidaturas com propósitos diferentes.

Durante os anos compreendidos entre 1995 e 2002, um grupo, um colegiado liderado quase sempre por Petraglia, todos reconhecemos isso, fez o que fez. Da compra do hotel retirado do centro que hoje é um dos melhores centros de treinamentos do mundo, passando pela coragem em derrubar um estádio e não fazer remendos e nem puxadinho, construindo a Arena da Baixada que dispensa comentários, a time montados com precisão que nos deram os títulos estaduais de 1998, 2000, 2001 e 2002, a ida a duas Libertadores através da conquista da Seletiva de 1999 e depois pela nossa glória máxima até hoje: o título de campeão brasileiro de 2001 o Atlético se consolidou como força emergente.

Nada, absolutamente nada foi feito somente por uma pessoa, isso seria humanamente impossível. Acho injusto não dar os méritos devidos aos atuais dirigentes do clube que infelizmente se isolaram desde 2002, assim como também julgo haver injustiça ao não se lembrar que Valdo Zanetti, Ademir Adur, Enio Fornea, Nelson Fanaya, Marcus Coelho, Valmor Zimermann, Samir Aidar, Edilson Thiele, Guivan Bueno e mais alguns abnegados atleticanos tiveram sim sua parcela de responsabilidade na era mais vitoriosa de toda a história atleticana.

Sou bastante claro e transparente em minha posição crítica da forma como o Atlético vem sendo gerido, especialmente no futebol e as críticas pontuais já faço há algum tempo, não sendo portanto engenheiro de obra pronta, criticando agora com a situação complicadíssima em campo e não somente também por estarmos fazendo fiasco atrás de fiasco já pelo terceiro ano consecutivo. Não coincidentemente, a partir de 2002 ganhamos um mísero estadual, tendo inclusive ficado alijado nas finais do paranaense por 3 das últimas 6 edições do campeonato. De agosto de 2007 pra cá muita coisa melhorou, especialmente no relacionamento com a torcida, mas os erros no futebol parecem ter se agravado e a política neste setor não muda.

Apoio abertamente a chapa “ATLÉTICO + FUTEBOL” e ainda essa semana os interessados em saber das plataformas e das bases programáticas desta composição terão acesso a estas e outras informações. Dúvidas,sugestões, críticas e comentários podem ser feitos pelo endereço eletrônico: chapamaisfutebol@uol.com.br.

Dia 08 teremos outra decisão, tão dura e importante como a do domingo dia 07 de dezembro. Todos, absolutamente TODOS queremos o bem, o crescimento do nosso Atlético, mas de maneiras e com filosofias diferentes. O Atlético Paranaense, como instituição octogenária que é, só tem a crescer com este processo que espero limpo, correto, justo e que premie a melhor chapa. Ao ver um nome de respeito como do Dr. Marcos Malucelli, pessoa séria e íntegra, tão capaz quando o Dr. Fanaya e o Professor José Henrique, estes de oposição, aquele como candidato da situação ao menos sinto um alívio ao perceber que independente de quem vença o pleito, o grande vencedor será o Clube Atlético Paranaense.

ARREMATE

“..toda hora é hora/
De dar decisão/
Eu falo agora”
FATO CONSUMADO, Djavan


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