Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Contagem regressiva

25/11/2008


Acabei de ler no site oficial a coluna do meu amigo e grande atleticano Juliano Ribas. Um texto com a cara do Atlético. Um texto com a cara da torcida do Atlético. “Coragem”. É tudo o que precisa envolver o elenco do Atlético, principalmente os onze homens de vermelho e preto, os quais terão a missão de trazer para Curitiba a permanência do nosso clube na primeira divisão.

Confesso, não tenho conseguido me concentrar para escrever essa semana. Textos rápidos, normalmente escritos em pouco tempo, não tem passado de duas ou três linhas. Mas eu preciso escrever. Preciso de alguma forma liberar um pouco dessa ansiedade que toma conta, não apenas de mim, mas acredito que da grande nação atleticana.

Estamos a um passo de mudarmos, mais uma vez, a nossa história. E tenho certeza: a nossa história, assim que nos livrarmos da divisão inferior, será escrita de forma diferente. Nós precisamos, acima de qualquer coisa, voltar a escrever histórias vitoriosas. Chega de sofrer! Mas sofrer parece que também é um sentimento que faz parte da nossa história. E como sofremos! Este ano, especialmente, fomos maltratados, humilhados e devidamente enterrados, antecipadamente, pelos nossos adversários. Só esqueceram eles que anteciparam um desejo contra o Clube Atlético Paranaense, o Furacão da Baixada, e simplesmente por este motivo, nós não podemos cair. Não queremos cair. Não vamos cair!

Porque assim como escreveu com perfeição o grande atleticano Juliano Ribas, precisamos de onze “homens” jogando futebol em Recife. Homens de coragem, com sangue nos olhos, com o coração no bico da chuteira. Homens que irão contrariar todas aquelas estatísticas pavorosas antes da chegada do mais corajoso: Geninho. Homens, que juntamente com o mago, protetor e professor “gênio”, reescreverão a história e terão o privilégio de enlouquecer uma nação de apaixonados.

Já não trabalho direito. Já não me concentro mais. Já estou, desde o apito final contra o Botafogo, contando as horas para a chegada do domingo. Estou com o grito da primeira divisão atravessado na minha garganta. Porque a partir dele, o nosso Atlético mudará seu rumo e voltará a ser um clube de conquistas no futebol. Esta é a nossa essência, este é o nosso ideal.

Vai lá Atlético. Com toda a coragem do mundo, traga para todos nós a permanência na primeira divisão.


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