Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Esperança VI

17/11/2008


Mais um final de semana que começamos com as esperanças redobradas. E como está virando praxe, a esperança não se baseia mais somente em nossa fé cega, em nossa torcida e vontade. Ela se reflete em campo, com doação, com garra, com dedicação e vontade de vencer deste elenco.

Basicamente o mesmo elenco que nos colocava em situação que beirava o caos há pouco mais de dois meses. O elenco que parecia não ter forças internas para passar a fase complicada, um grupo que se fechava em panelas e nos tirava as esperanças de vermos boas partidas longe da Arena e a certeza da derrota ao levarmos gols. Uma virada? Praticamente impossível!

Com Geninho tudo mudou. Temos cara de um time de futebol e não um amontoado em campo, como que as peças fossem colocadas no tabuleiro após serem jogadas pro alto, ou simplesmente atiradas de pára-quedas em campo. Longe ainda de ser o Atlético que esperamos, que queremos e merecemos, pois lutar e lutar e lutar semana após semana simplesmente para ficar em 13º ou 14º no campeonato e ficar talvez até a última rodada na fuga do rebaixamento é muito pouco, mas não deixa de ser uma conquista.

A esperança é que diferentemente dos últimos anos, que aprendam com os erros que não podem mais ser repetidos. A esperança é de mudança de mentalidade, de foco no que de mais importante um clube eminentemente de futebol como é o Atlético Paranaense deve ter: o futebol. A esperança é de que fique patente e definitivamente provado que somos muito fortes quando unidos, que nossos sonhos podem sim se realizar, mas temos todos que sonhar o mesmo sonho. Tenho esperança nesse sopro de esperança que este time vem nos dando, capitaneados por Geninho, com o futebol solidário de Netinho, Antonio Carlos e Valencia , com a segurança de Galatto e a estrela de Rafael Moura e Alan Bahia, juntamente com o trabalho sério e de resultados do Professor Moraci e não do cientista russo e suas teorias de pouca prática.

ANJOS MALDITOS

Um é um anjo loiro. Aliás, seu cabelo loiro que cobre sua cabeça iluminada de importantes e decisivos gols que muito tem nos ajudado esconde um sujeito meio anjo, meio capeta. Um anjo incompreendido, mas que levantou dúvidas contra si mesmo por ações pouco confiáveis como aquele pênalti diante do Fluminense, ou a boba expulsão que quase nos custa a vitória em casa diante do Cruzeiro. Um anjo maldito que discutiu com a torcida mas viu que a melhor maneira de tê-la ao lado foi fazendo gols, exigindo o aplauso que hoje é merecido e ouvido nos quatro cantos do estádio.

O outro é um anjo negro. Anjo maldito que ainda é lembrado por coisas ruins em detrimento das coisas boas que já fez em tantos anos de clube. Talvez não seja o anjo protetor de nossa defesa que permeia os sonhos do torcedor, mas sempre respeitou a camisa que só se veste por amor, fez muitos e importantes gols e merece o reconhecimento e o elogio do torcedor atleticano.

A Rafael Moura e Alan Bahia, que renovam e dobram nossas esperanças todo final de semana, meus respeitos e agradecimentos.

ARREMATE

“Tudo é mais gostoso/
Quando é feito com carinho/
Só um coração aberto pode ser feliz”
CORAÇÃO ABERTO, Lobão


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