Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Esperança IV

03/11/2008


Algumas vezes eu mesmo e outros amigos colunistas escrevemos neste espaço que nos é dado que “jogamos como nunca; perdemos como sempre”, especialmente na inglória saga atleticana de péssimos resultados fora de casa neste Brasileirão. Ontem, no frigir dos ovos, na última volta do ponteiro, no pau da goiaba, conseguimos um placar que chega a ser injusto pelo o que vimos em campo.

E esperança se renova, mas os fatos deixaram mais que evidenciada a baixa qualidade do elenco atleticano. Só vontade não ganha jogo, ajuda e muito, mas um time sem pretensões no campeonato, com um calendário muito mais farto que o nosso já garantido para 2009 e sem ter nada demais, mas o foco no futebol como o muito bem treinado Sport Recife mostrou porque está onde está na classificação e já na Libertadores ano que vem. Ontem se escancararam os problemas quer sejam técnicos, táticos e físicos do elenco paranaense.

Porém, mais uma vez vimos coração em nossos atletas. Vimos a dedicação do zagueiro Gustavo, o esforço heróico de Netinho e sejamos justos, ele está longe de ser O cara que desequilibra, mas sem ele simplesmente não temos chances verdadeiras e efetivas de gol, vimos o goleiro reserva que além de não comprometer tendo a ingrata missão de substituir nosso melhor jogador, o goleiro Galatto garantir nossa meta com boas defesas, vimos ainda o predestinado cabeça oca Rafael Moura mais uma vez ser decisivo.

Como dito pelo cronista Carneiro Neto hoje pela manhã, Rafael Moura vai escrevendo, para o bem ou para o mal, sua história na rica e folclórica história do Clube Atlético Paranaense. Quando ele conseguir ter um pouco mais de equilíbrio em suas ações, em especial respeitar o torcedor atleticano que inclusive grita seu nome das arquibancadas poderá de candidatar até mesmo a ídolo; mas por enquanto é somente um jogador, importantíssimo neste momento crucial da vida rubro-negra no certame, mas somente mais um.

Segue o coração atleticano, mesmo com o susto diante do bom Sport Recife, confiante, com fé e especialmente esperança de que dias melhores estarão à nossa frente. Seguimos com esperança, carregando o nosso amor pelo Furacão onde quer que ele jogue. Em especial na sempre bela e receptiva Florianópolis, com o jogo decisivo diante do Figueirense. Uma invasão atleticana se vislumbra e que todos os que pretendem ir que o façam com o intuito de ajudar o Furacão, cantar e empurrar o time como brilhantemente temos feito dentro de casa, em paz e com a esperança de mais um bom resultado. Juntos podemos muito pelo nosso Atlético!

OUTRAS

- Mais uma vez, assim como aconteceu no confronto diante do Botafogo, problemas no Estádio dos Aflitos, sede do Timbu. No desespero e na base da pressão extra campo, o simpático alvi rubro pernambucano tem tentado se manter na elite. Que o por vezes excessivamente zeloso STJD apure o caso e lembre que por muito, mas muito menos vários clubes, dentre eles o Clube Atlético Paranaense já tiveram que atuar fora de suas praças esportivas ou com portões fechados. Que a lei valha para todos.

- Pedro Oldoni chorou pelos gols perdidos diante do Vasco. Gols esses que poderiam nos dar a vitória, mais 2 pontos e uma certa folga na tabela nesse momento de sufoco. Não me comovo com o choro do garoto, que sempre demonstrou respeito e gratidão ao clube que lhe deu guarida, suas lágrimas demonstram caráter e comprometimento, mas não empurram a bola pra dentro do gol. Entretanto, seria injusto não lembrar das falhas de Danilo que nos custaram derrotas, das jogadas em que Anderson Aquino isolou mesmo com companheiros melhor posicionados e falar sobre os erros exaustivamente repetidos pela direção desde 2006 no futebol atleticano é chover no molhado. Ganhamos todos e quando erramos e perdemos, perdemos todos. Individualizar os erros agora é covardia! Ainda precisaremos do futebol e dos gols de Pedro Oldoni.

- Torcida que nunca abandona? Quando o time está ganhando é fácil, fiel e honesta mesmo é a torcida que apóia incondicionalmente mesmo com o time mal das pernas como agora. E quem é bom mesmo não precisa se intitular o bom. Os outros fazem isso pela gente.

- ao amigo Fábio que casará sábado meus sinceros votos de muita felicidade e que o amor compartilhado com sua esposa possa lhe encher a vida de alegrias. E que nosso Furacão nos dê este presente diante do Figueira no mesmo dia!

ARREMATE

“Gente amiga que muito se quer /
Estamos aí /
Pro que der e vier”
ESTAMOS AÍ, Antonio Carlos Jobim & Vincius de Moraes


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