Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Craque aqui? Esqueça!

21/10/2008


O mercado profissional tem algumas regras simples. Como, por exemplo, quanto melhor a sua formação, melhor será a sua remuneração, ou se um profissional recebe uma proposta salarial melhor, ele aceitará (com razão) e mudará de empresa e por fim, os funcionários que mais se destacam, via de regra, são mais valorizados e quando falo valorização leia-se dinheiro no bolso.

No futebol não é diferente. Pelé ganhava muito bem (não tão bem como nos dias atuais) por ser o melhor do time. Zico desfalcava o caixa do Flamengo simplesmente porque era o craque do time. Ronaldinho Gaúcho queimava nota de cem dólares na noite de Barcelona, pois tinha o melhor salário do time e em campo desequilibrava. Passou a render menos e hoje em Milão queima notas de cinqüenta, pois o melhor salário do time vai para o gordo bolso do jovem Kaká, justamente o melhor jogador da equipe de Milão.

Mas vamos falar do nosso time, o Clube Atlético Paranaense. Aqui se adotou a política do teto salarial. Com isso, o clube equilibra a sua folha salarial, porém jamais, eu disse JAMAIS, voltará a ter um craque em campo. Com essa política, nunca mais veremos um jogador que desequilibre com a camisa do furacão, pelo simples fato de que qualquer outro clube não medirá esforços para pagar mais que o Atlético e ter um grande atleta em seu elenco.

A única esperança de vermos um grande jogador, com a camisa rubro-negra, passa pelas categorias de base, que desde 2004 não revelam um jogador de qualidade e que, em 2008 conseguiu a proeza de ser eliminado do campeonato de juniores, não conseguindo ficar entre os oito melhores.

E não pense você torcedor que podemos dar a sorte grande, com a contratação do super artilheiro do Campeonato Português, ou o volante que cansou da Arábia e está com saudades do arroz e da feijuca brasileira, pois, com toda a certeza, o bom jogador que aceita o teto salarial do Atlético vem com problemas médicos.

Uma sugestão para o Atlético seria trabalhar com produtividade. Produziu mais, ganha mais, produziu menos vai pro banco e se não melhorar RH nele.

Se não mudarmos a política, o fanático torcedor atleticano terá que conviver com jogadores covardes, que vão embora da concentração, atletas sem a menor vontade de vestir a camisa que só se veste por amor e profissionais de qualidade muito duvidosa, que rodam o Brasil inteiro e voltam ao Atlético para irritar ainda mais o torcedor.

Colecionadores

Deixo uma indicação para você que gosta de colecionar camisas de futebol. A loja Camisa Futebol Clube, no Shopping Omar, tem todo tipo de camisa, inclusive algumas do Atlético Paranaense. Se você quer aumentar a sua coleção lá é o local. O telefone da loja é 3085-8582.


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