Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

O futuro está logo ali

10/09/2003


Último sábado, dia 06 de setembro, passei praticamente todo o dia ao lado dos competentes colegas do site, Cleverson, Marçal e a simpática Julia, visitando o CT do Caju. Já fui lá muitas vezes, mas cada vez sinto como se fosse a primeira. Tivemos uma “overdose” de futebol durante o sábado.

Infantil pela manhã, juvenil na hora do almoço e juniores pela tarde.

No infantil, destacou-se um garoto que já conhecia: Fábio Rock. Meia atacante de 1,70 m, com seus 15 anos e que já demonstra muita intimidade com a bola, não se assusta com cara feia, é destemido e faz muito gols. Sábado fez um, mas em diversos campeonatos e torneios que o rubro negro participa, Fábio é artilheiro. Guardem esse nome.

Não assistimos o juvenil, pois fomos acompanhar o treinamento do profissional, perdendo talvez a maior goleada de nossas vidas. Os meninos atleticanos fizeram 11 x 0 no Expressinho e o destaque foi o atacante Leandro, mineiro nascido em 1986. Segundo Antonio Sureck, simpático assessor que trabalha nas categorias de base do Furacão e do coordenador de base, Prof. Vinicius Eutrópio, Leandro, que fez 4 gols sábado, é um diamante a ser lapidado. Joga muito, mas nos treinamentos mais elementares de domínio, precisão e equilíbrio, não vai bem. Já o atacante Anderson Aquino, marcou 3 gols e que já treina com os juniores. Olho vivo neles.

O filé mignon ficou para a tarde. O atento e simpático Prof. Lio Evaristo nos contou: com o time completo, não tem pra ninguém. Há 11 meses, os juniores do Furacão não perdem. O 3-5-2 é usado com extrema competência tática. Não existe zagueiro de sobra e efetivamente um líbero. Ala que é ala mesmo, não é um simples lateral. No meio, apenas o combativo e habilidoso Ticão guarda mais a posição. Todos os outros jogadores atuam em todas as posições. E o ataque é fulminante. O garoto Evandro, ainda juvenil e com algumas passagens pela Seleção Brasileira, fez até gol olímpico. Ele e Anderson Gomes, que estreou no profissional este ano, barbarizaram. Falar de Fernandinho é chover no molhado: o garoto é craque!

Mas nem só de atacantes vive o futebol. A defesa, formada Alessandro Lopes, Robenval e Thiago Costa, impressiona pela postura, calma e desenvoltura. Uma verdadeira aula de futebol. Tudo soberanamente orquestrado pelo competente Prof. Lio.

O futuro está aí, e está garantido. O mais importante não é apenas ganhar títulos nas categorias de base, mas formar atletas capazes de suprir a contento as necessidades do time principal. E, além disso, formar verdadeiros cidadãos, pessoas capazes de levar adiante a própria carreira, criando dentro de cada um a força do Clube Atlético Paranaense, a responsabilidade de jogar em um time de massa e a certeza de glórias em seus futuros.

Atleticano, quando possível, apóie as categorias de base do Furacão. As sementes de hoje serão os frutos de amanhã.


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