Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Página quase em branco

01/10/2008


Ano novo, vida nova. O torcedor rubro-negro terminou 2007 com essa frase, torcendo para que o ano que passou fosse, apenas, uma pequena página na história do Atlético.

Começou 2008 e tudo mostrava que o ano, de fato, seria diferente. Um novo plano de sócios, uma equipe bem montada e com um bom treinador. Mas, porém, todavia, contudo, entretanto o fio virou e o planejamento (acredito que ele foi feito) ficou apenas na reunião que definiu isso.

As adesões para o plano sócio furacão foram bastante tumultuadas e uma pane no sistema trouxe ainda mais desgaste na relação clube x torcida.

A quebra do recorde, de vitórias do time de 49, acalmou a torcida, mas ao mesmo tempo a negociação de atletas importantes (no momento) deixou o torcedor com o pé atrás.

Resultado: acabamos perdendo o título paranaense e fomos desclassificados da Copa do Brasil para o Corinthians de Alagoas. Alguns até poderiam argumentar que o futebol reserva algumas surpresas, mas com o Atlético, na Copa do Brasil essa figurinha é repetida, basta lembrar a eliminação para o Volta Redonda.

Começou o Brasileirão e o Atlético até o momento luta para fugir do rebaixamento e trocou mais de técnico do que o Coritiba de hino e ainda por cima proibiram o consumo de cerveja. Haja coração!
Ontem, fomos eliminados (sem cerveja) da Copa Sul Americana e com isso nossa esperança na conquista de um título ficou para 2009.

Mas o ano ainda não terminou. Temos pelo frente mais três meses e podemos somente esperar que o Atlético não vá para a segunda divisão, o que convenhamos é simplesmente ridículo para um clube com a tradição e estrutura do furacão.

Se o livro com a história do Atlético, no ano de 2008, estivesse à venda ele teria muitas páginas em branco. As únicas páginas preenchidas falariam da adesão em massa da torcida ao plano de sócios, da volta do Geninho e só!

2008: Um ano para ser esquecido, mas que pelo menos sirva de aprendizado.


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