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Silvio Toaldo Júnior
Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.
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Como ser respeitado?
01/10/2008
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O Atlético ontem se despediu de forma melancólica da Copa Sul-americana de 2008. Quem foi ao jogo viu, mais uma vez, um time se arrastando em campo. Num jogo em que o Atlético poderia mostrar a sua força (nem sei mais se ela existe ou existiu em 2008), vencer bem os mexicanos, ganhar moral, apoio e incentivo da torcida o que se viu foi um time ou um amontoado de gente com a mesma má vontade de sempre.
Os mais cautelosos dirão que o foco está no Brasileirão, que o Atlético não pode nem pensar em colocar o pé na estrada para não desgastar o time titular. Meu Deus, se o time que jogou contra o Chivas ontem é o time titular do Atlético, não seria melhor pedir para a CBF encerrar o ano logo?
Eu tinha um pensamento de não criticar mais o time antes do final do ano, antes de nos livrarmos da segunda divisão, porém, será praticamente impossível o técnico Geninho manter um time com Rodriguinho, Danilo, Alan Bahia e até o colombiano Ferreira na primeira divisão.
Explico-lhes: Rodriguinho nunca foi e nunca será jogador para o Atlético, ontem ele deu umas duas ou três rifadas na bola que nem os peladeiros da Tribuna conseguem dar, seu lugar é na suburbana ou em qualquer campeonato de vila. Danilo está descontente faz tempo, depois da derrota de ontem então deveria esvaziar seu armário no CT e pegar umas férias. Alan Bahia não acerta um passe de meio metro e ainda quer se achar o He-man do Rubro-negro tentando resolver tudo sozinho, sendo que este apelido cabe a Rafael Moura. E o Ferreira? Donde está su fútbol, hombre? Depois que Ferreira voltou dos Emirados Árabes ele nunca mais foi o mesmo, lamentável.
Digo mais, as desculpas acabaram. A Copa Sul-Americana não atrapalha mais, o foco agora é a fuga do rebaixamento. Ainda há tempo de nos livrarmos? Não adianta a torcida fazer a sua parte se os jogadores não se comprometerem. No final da partida de ontem, o meia Netinho falou que a torcida tem direito de vaiar e cobrar o time. O ex-capitão Danilo vive falando em atitude dentro de campo e qual foi a atitude dele ontem? Ficar dançando feito uma galinha d’angola esperando a bola respingar no segundo gol mexicano e partir atrás da bola como se fosse uma jamanta querendo ultrapassar uma Ferrari, no terceiro gol do Chivas, simplesmente ridículo.
O problema maior não foi a derrota de ontem, o problema maior está por vir. Como Geninho fará esse time ser respeitado? De onde ele vai tirar motivação para esse grupo? Como vencer o Santos, o Náutico, o Vasco e o Figueirense fora de casa, se conseguimos até agora uma vitória contra o Ipatinga e um empate contra o Coritiba em toda a competição? Difícil missão, porém não podemos abandonar o barco como fizeram, na cara dura, alguns jogadores na noite de ontem.
Com a palavra os maestros da bola que envergonham a cada dia que passa a torcida atleticana que lota as dependências da Arena da Baixada.
Recado dado. Voltarei a apoiar o time como tenho feito, manterei a minha posição de não criticar nada e ninguém até o final do Brasileiro e espero que desta vez o objetivo seja atingido, porque o ano de 2008 deveria ser exterminado da história do Clube Atlético Paranaense (a única coisa que prestou foi o começo arrasador no Paranaense com direito a bater o recorde do Furacão de 1949).
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