Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Sangue nos olhos

12/09/2008


“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim” (Chico Xavier)

Sangue nos olhos. É hora de recomeçar. É hora de união. É hora de reescrever o verdadeiro papel do Atlético no campeonato brasileiro. Até agora foram fracassos e apostas, tempestades e pesadelos. Nosso orgulho está ferido. Nossa alma está ferida. Precisamos mais do que nunca da força da nossa torcida e do empenho dos nossos jogadores dentro de campo, correndo como loucos, lutando como guerreiros, suando como animais ferozes em busca de uma saída.

O cara que vestir a camisa do Atlético e pisar no gramado a partir de amanhã, até o início do mês de dezembro, vai ter que comer grama, comer a bola, voltar todo o seu esforço para a busca da vitória. O cara que entrar em campo terá que dar o seu sangue ao Atlético. O sangue da alma. O sangue dos olhos.

O caldeirão estará um verdadeiro inferno, e cada um dos atleticanos que estiver colorindo a Baixada, terá que entrar em sintonia com o espírito de luta de Geninho e sua equipe. De uma vez por todas, é preciso que todos os jogadores do Atlético sintam, com o coração, o que realmente significa vestir uma camisa Rubro-negra. A partir deste momento, quando o escudo do Atlético deslizar sobre o peito de cada homem vermelho e preto, todos serão transformados em monstros, como rolo-compressores ou leões em suas jaulas, sedentos e famintos.

E quando as portas da Arena forem abertas, que não entrem em campo como estão entrando ultimamente. Que entrem unidos, abraçados, com a cabeça erguida e com a absoluta fé de que amanhã será escrito um novo capítulo na história do Atlético. Entrem em campo empolgados, entusiasmados, cheios de alegria, com a maior vontade do mundo de rachar a bola e destruir o jogo.

Nós precisamos vencer, nós precisamos dar a volta por cima. Nós precisamos, a partir de amanhã, cantar e jogar futebol com os olhos sangrando.

Custe o que custe... daqui até o final, só quero ver ganhar!

”Não é a vontade de vencer que importa, isso todo mundo têm. O que importa é a vontade de se preparar para vencer.” (Paul Bear Bryant – técnico de futebol americano)


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.