Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Conselho

11/09/2008


Se conselho fosse bom a gente não dava mas vendia, porém como estou numa fase de bom mocismo extremo darei alguns conselhos aqui, alguns pitacos que se levados a sério podem dar certo (ou não, como diria o filósofo contemporâneo Cléber Machado) para o breve futuro do nosso Atlético que tanto amamos. Em dezembro teremos eleições e aí sim é uma grande chance de mudarmos o clube nas suas entranhas, agora não é hora disso. Bem, vamos começar por aqui então:

- quer mandar Petraglia ou qualquer membro da direção atleticana ir tomar lá? Manda em dezembro nas urnas, agora de nada vai adiantar.

- não vai ser vaiando um sujeito que seguiu o caminho inverso do mercenário mundo do futebol, afastando-se de seus empresários para ficar ao lado do clube, um cara de caráter e que sabe de suas limitações, luta e ainda faz lá um golzinho e outro que o cara vai melhorar. Assim como qualquer atleta que veste nosso manto sagrado, especialmente dentro de casa, Pedro Oldoni merece nosso respeito e se for para vaiá-lo, que de faça no final dos jogos. Mas não vai ser preciso.

- direção, tirem o caparanaense.com da camisa. Além de esteticamente feio, na pior hipótese deu azar, pois nossa pior fase em anos começou depois da insistência numa coisa que boa parte da torcida detesta.

- atletas, ao verem o estádio tomado de atleticanos não se assustem. A intenção da torcida é levar o time pra frente, ver um time guerreiro e em alguns episódios, mesmo neste triste ano de 2008 como na final do estadual, o time não consegue o objetivo mas sai aplaudido, pois vimos em campo a luta, entrega e dedicação. Façam do torcedor um aliado e não um inimigo, depende de vocês chamar a própria torcida para seu lado nos momentos difíceis. Não duvidem NUNCA nem de vocês mesmos como da torcida atleticana, aquela que prefere pagar, se associar, cantar, gritar, apoiar do que ir cobrá-los no treino, soltar bomba na sede do clube, fazer quebra-quebra no aeroporto ou invadir concentração. Não se esqueçam disso!

- Danilo, nada de chutões. Alan, se jogar (um banquinho iria bem a calhar agora) não invente e quando for marcar dê o bote, não fique no “cerca Lourenço”. Rodriguinho, até mais! Ferreira, cobramos porque sabemos de sua capacidade. Antonio Carlos, aquele que julgo ser um dos melhores zagueiros que estou tendo o prazer de ver em ação, cadê você? Volte a ser o xerife, o cérebro, a calma em pessoa na nossa cozinha. Valencia e Netinho, o time se ressentiu muito de suas ausências, não nos decepcionem em sua volta. Galatto, espero que o time viva uma nova fase que a gente se esqueça um pouco de você, bravo herói solitário até aqui no elenco rubro-negro.

- ao mestre Geninho. Bem, quem sou eu para falar algo ao Gênio da Baixada, mas vamos lá. Escanteio curto e lateral batido na área só servem pra gente virar as costas e ir pro bar e agora Geninho, nem cerveja vendem mais nos estádios! Futebol é pra frente e o senhor mestre Geninho sempre mostrou essa ofensividade em seus times, quem sabe Netinho na ala esquerda, Alberto na direita, Valencia ficando, Fernando subindo mais, Ferreira e Julio dos Santos armando o time não desencanta? Ao menos em casa pode ser uma boa opção, onde a vitória é obrigação em todas as sete partidas restantes.

- torcedor, vá, cante, vibre, leve aquele cunhado paranista, o vizinho palmeirense, faça aposta com o amigo coxa, enfim, mostre a todos que somos únicos, que torcida igual a nossa não existe. Torcer pra time que está ganhando é fácil, fazer o antepenúltimo do certame reagir e terminar com honra o campeonato, o que faremos a partir de sábado é outra coisa.

- se vacinem contra a rubéola! E depois votem no site oficial da campanha.

- nem o Rato da Ultras, nem Thiago da Comissão de Mosaicos, nem tampouco Julio Sobota ou Juliano Rodrigues da Fanáticos se denominam porta-vozes da nação atleticana. Nem eu, torcedor desde 1985, freqüentador de estádio a partir dos 11 anos de idade, assíduo desde 1990, nem eu, fundador e que escrevo no mais antigo site de esportes do Estado do Paraná, que tive a honra de escrever também no rubronegro.net, que já participei das mais diversas mídias, internet, rádio e TV para exaltar meu clube do coração sem nada receber por isso, nem eu que me associo ao CAP desde o “sócio torcedor” de 1997 quando pagava o carnê na Caixa Econômica Federal, eu que conheço quase quarenta estádios Brasil afora para ver meu Furacão ouso dizer que a minha é a voz da torcida atleticana. Se tenho algum respeito, respaldo às minhas palavras e apoio em minhas idéias é porque o pressuposto básico para falar com os atleticanos eu possuo: sou atleticano como quem me lê, me ouve, nem mais nem menos atleticano que ninguém, pois ser atleticano me basta. Não sejam então os senhores da rádio Transamérica, que busca sim fazer um estardalhaço desnecessário nas coisas que dizem respeito ao meu querido Atlético Paranaense, especialmente com seu comentarista de origens tricolores que adora denegrir tudo que diz respeito ao Atlético e tem a ousadia de intitular a si a rádio que trabalha como porta-vozes da torcida atleticana que o são. Falo por mim ao menos: não me representam e nunca o farão! Falem do que entendem, e de Atlético os senhores não sabem nada, absolutamente nada, a inveja os cega quanto a isso.

ARREMATE

“Nem sempre se pode ser Deus /
Por isso que estou gritando.”
NEM SEMPRE SE PODE SER DEUS– Titãs (num tempo em que eram titânicos de verdade)


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