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Rodrigo Abud
Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.
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Esta coluna é inspirada do site cocadaboa:
http://www.cocadaboa.com/2007/10/perdeu_preiboi.php
http://www.atleticoparanaense.com.br/colunas/texto.php?lista_valor=397
Não sou obrigado a ler a coluna da Luciana Pombo, na página oficial do clube (link acima), e ficar calado.
Por isso, a cada parágrafo da coluna intitulada “Tá Fácil” da mesma, no sitio oficial, faço meus comentários como resposta.
É fácil apoiar o time quando temos sucessões de vitórias...
Tá certo, a torcida só apóia quando tá ganhando. Gostaria de entender como, então, o clube tem 18 mil sócios.
É fácil cantar nosso hino, o mais belo de todos, quando a partida é favorável. Quando goleamos de cinco a zero em plena Arena, quando mostramos conjunto, garra, equipe...
Acho que temos memória curta, mas no Atletiba de 1995, em que o Atlético tomou de 5 x 1 do Coritiba, a torcida por acaso cantou Parabéns pra você?
É fácil escrever elogios para o Site Oficial ou para os demais sítios eletrônicos quando o assunto é conquista de título, é bola na rede, é gol.
É mais fácil ainda escrever, para o site oficial, quando se é pago para isso.
O que todos queremos é a vitória. Todos, sem exceção. Lutamos para tê-las, nos preparamos para isso, treinamos nossas bandas, nossas vozes, nossas gargantas para gritar o "gol" dentro de campo, ou entre os amigos - que assistem conosco as partidas de futebol.
Pois é, queremos isso, mas hoje não temos!
Mas é difícil levantar a cabeça após uma derrota. Temos o ímpeto ditatorial de sempre procurar os culpados, de acusar, de iniciar a caça as bruxas. Fazíamos isso no tempo da Santa Inquisição - que de santa, nada tinha, senão a imposição de mãos da Igreja Católica, a poderosa, chamada de ópio por Karl Marx.
Alguém tem que pagar a conta. Nos 84 anos de história do Atlético, quem paga esta conta é a torcida que já enfrentou agonias na Baixada, no Pinheirão, no Couto Pereira, na Vila Capanema, na Kyocera Arena, na Arena da Baixada e nos estádios de todo Brasil. Lembrando que jogadores e funcionários do clube vem e vão. Porém, nós torcedores ficamos.
Não, não adianta queimar as bruxas. As soluções é que precisam ser procuradas, buscadas, com empenho e dedicação. As soluções precisam ser compartilhadas, debatidas, discutidas, com razão - e não no ímpeto da emoção, do sangue quente, da vontade de depredar o que de melhor construímos nesses últimos anos: nossa Arena, nossa Baixada, nossa fé em dias melhores (ou alguém esqueceu o que passávamos no Pinheirão?)...
As soluções poderiam ter sido pensadas no início do ano, não foram e o reflexo está aí, na tabela. Quanto ao Pinheirão pode ficar tranqüila que nunca esquecerei/esqueçeremos o que passamos lá. O cheiro de sovaco do ônibus, as brigas sob o viaduto e da geral. Mas não lembro muito de você lá não.
Mais importante do que apenas apontar culpados é buscar as soluções para os nossos próprios problemas. Cobrar resultados, cobramos todos. Fazer mudanças, procurar melhorias, achar soluções - são responsabilidades apenas da diretoria? Ou os sócios não fazem parte da massa pensante deste imenso complexo chamado "futebol"?
Olha, até tentei indicar o D’Alessando para o Atlético, mas o salário dele estava acima do teto do clube. Os sócios fazem parte da massa sim, pagando a sua mensalidade, que quando atrasada bloqueia a catrata de entrada na Arena. Também temos direito a voto nas eleições, que ocorrem sempre por aclamação, pois qualquer chapa ou opinião contrária não é muito bem vinda na era Mario Celso Petraglia.
Esse é o momento de unirmos forças. Todas elas. Da torcida, da diretoria, da imprensa, dos sócios, dos atleticanos de corpo e alma, dos que querem mudança de mentalidade - dentro e fora das quatro linhas!
A forma como o clube comunicou que iria cobrar as rádios foi um belo pontapé inicial nesta união de forças. Quanto a torcida, novamente fique tranqüila que indiferente do comando e da divisão, nós estaremos ao lado do Atlético.
É difícil comprometimento quando o assunto passa a ser segunda divisão, quando temos que cantar mesmo diante das derrotas, quando temos que apostar nossas fichas todas no futuro, quando temos que dar "nossa cara" (se preciso for) para bater, quando temos que olhar para o lado para enxergar um futuro novo - de união, de compromisso, de respeito, de liderança em todos os níveis.
A desunião e desrespeito quem pregou foi o próprio clube, que nos chamou de falacianos. Eu pelo menos não esqueci isto e jamais esquecerei.
As linhas estão escritas. As críticas virão. Mas e as soluções racionais estarão ao lado delas? Estarão com elas?
Chama a Mãe Dinah, que ela responde!
Não adianta apenas caçar as bruxas. Temos que ser parte da transformação, da conversão, da modificação das personalidades que levam cada uma das bruxas a aparecerem em nosso meio. Muitas vezes, ao tentar fazer justiça, queimamos uma Joana D´Arc.
E se não tivermos Joana D’Arc no clube?
Saudações rubro-negras!
Obrigado
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