Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Mais uma noite daquelas

13/08/2008


Ontem saí mais uma vez inconformado do Joaquim Américo, acredito que a maioria dos torcedores que lá estiveram também saíram com esse sentimento. Saí com cara feia, chateado, com tudo o que vi e senti dentro do templo sagrado atleticano.

Dói demais ver uma torcida incentivar o time os 90 minutos e este sequer consegue fazer um golzinho no time juvenil do São Paulo. Aliás, ontem poderia ser o Vila Hauer, o Urano ou o Trieste que o Atlético não faria um gol de jeito nenhum tamanha a incompetência dos nossos jogadores. Não importa o adversário, o que importa é a falta de qualidade do elenco rubro-negro. Até quando a torcida atleticana aguentará tanta palhaçada?

Às vezes cansa ficar batendo na mesma tecla, a falta de qualidade, o time é ruim, falta um líder dentro de campo. Outras vezes, você ouve (de teimoso) as entrevistas coletivas e escuta um ex-técnico fanfarrão dizendo que o time é formado de garotos e que não tem experiência, que falta testosterona ao time e coisa e tal. E por fim, continuamos ouvindo, agora do ex-técnico interino que a auto-estima dos jogadores está baixa. Eu também acho que está mesmo, afinal de contas, eles não recebem seus salários em dia, não utilizam as melhores instalações do planeta da bola e ainda jogam num campo de várzea nos finais de semana. Deve ser difícil trabalhar no Clube Atlético Paranaense. Imagino como sofrem estes pobres operários da bola.

Pois bem, o motivo pelo qual iniciei está coluna ainda está por vir, cheguei em casa, tomei meu banho e fui deitar. É claro que o sono não veio. A esperança de receber uma ligação ou uma mensagem no celular para aliviar a minha tensão e ansiedade foram por água abaixo assim que os minutos foram passando. Deitei exatamente a meia noite. Daquele momento até às duas horas da madrugada eu não tinha pregado o olho. Problemas, problemas e mais problemas. O sono bateu, passou e me levou, acordei às 04h30, pensando em levantar para escrever, relutei, não quis sair da minha cama quentinha. Às 05h05 pensei, “melhor escrever agora porque depois não terei tempo”, que nada, não consegui sair da cama. A noite mal dormida não me deixou levantar. Quando o alarme disparou pulei da cama, tomei meu banho, escutando a chuva lá fora, pedi ao Papai do Céu que junto com aquela enorme chuva lavasse a alma de todos os atleticanos, principalmente, a minha, que mais do que nunca precisa manter a calma e a serenidade.

Um novo dia amanheceu, pensei em desistir, pensei em recuar. Jamais farei isso, tenho meus objetivos nessa nova caminhada e vou atingi-los, se Deus quiser. Um deles é manter o Furacão na primeira divisão, o outro, bom o outro eu conto para vocês numa outra coluna.

Um forte abraço a todos os atleticanos e me desculpem o desabafo.


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