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Wagner Ribas
Wagner Ribas, 42 anos, consultor, acima de tudo pai e atleticano, costuma viver na Baixada as suas maiores alegrias. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2009.
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Medo, muito medo!
29/07/2008
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Já dizia minha avó, já falecida, que desculpa de aleijado é muleta.
Uma senhora porreta, sem papas na língua e manhosa, que tinha diversos problemas de saúde, neurológicos e físicos, mas que nunca se entregou.
Criada na roça, semi-analfabeta e responsável pela geração e criação de 10 filhos, viveu sua vida até seus últimos dias, visitando suas amigas, vendendo seus produtos de beleza e ganhando prêmios com eles, dos quais o que ela mais orgulhava-se era o de ter dançado um bolero com o cantor Fábio Junior.
Por mais que algumas vezes ela tivesse as suas manhas e reclamasse um pouquinho, nunca parava por causa deles. Pelo contrário, era nas dificuldades que ela demonstrava-se uma senhora mais forte do que podia-se imaginar.
Esse exemplo deveria tomar o treinador Roberto Fernandes. Adepto do ”eu ganhei, nós empatamos, vocês perderam”, o falastrão, e chorão, “professor” deveria parar de arrumar muletas e adaptar-se ao seu aleijamento.
Ficar, em todas as entrevistas coletivas, chorando a ausência dos lesionados, e pior, ficar contando com jogadores que poderão atuar somente após a abertura da janela de transferência e que sequer saberemos se realmente poderemos contar tecnicamente, me encheu o saco.
Seu espírito derrotista está contagiando o elenco. Basta ver a forma como temos jogado, um time sem alma e com medo e, claramente, mal treinado. Eu não tenho paciência para ver isso, da mesma forma que não tenho mais paciência para os escanteios batidos, quase rasteiros, no primeiro poste, quando temos três zagueiros altos sempre posicionados a área. E aqueles laterais arremessados para dentro da área? Ordem do professor? Sim.
Acredito que sua permanência sob o comando da equipe atleticana precisa ser revisto, urgentemente. Seu aproveitamento de trinta e três por cento em 13 jogos, não é condizente com o elenco que temos, mesmo com todos os desfalques.
Fora de casa, não marcamos um gol sequer sob seu comando, muito menos conquistamos algum ponto. Em casa, onde geralmente fazemos boas campanhas, estamos péssimos, ganhamos das “galinhas mortas” do campeonato e empatamos com todos aqueles que mostraram um pouco mais de qualidade técnica.
Com tudo isso, será que a diretoria acredita, que de uma hora para outra, o time vai começar a ganhar varias partidas seguidas? E agora, que os tais jogadores que o Fernandes aguarda poderão atuar somente daqui um mês? Vamos ficar esperando que o osso, milagrosamente, vire teta? Ou vamos esperar que daqui um mês, talvez o Atlético possa ganhar uma outra partida?
Eu estou com medo... e desanimando.
Contato
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