Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Mudanças, urgente!

28/07/2008


O Atlético conseguiu a “façanha”de empatar pela quinta vez na Arena da Baixada em oito jogos disputados no Brasileirão dentro de casa. Aliás, não fosse por Galatto talvez a conta seria de sete empates já que contra Santos e Vasco o excelente goleiro evitou a igualdade no placar.

O treinador Roberto Fernandes com sua postura ofensiva nas coletivas pós-jogo e confuso dentro de campo vai cavando seu buraco e a sua permanência no comando atleticano está com os dias contados. O comandante atleticano gosta de afirmar que ninguém faria nada melhor do que ele, que a imprensa e torcida pegam no seu pé, mas não vemos o menor esforço deste em melhorar sua situação frente ao clube. O time vai de mal a pior, não marca gols em quase ninguém (já é o pior ataque do campeonato) e em campo parece um bando desorientado.

Não bastasse o mal rendimento técnico e tático do time é visível a falta de preparo físico dos atletas. Contra Cruzeiro, Internacional, Coritiba e Fluminense (duas vezes) sofremos gols nos minutos finais e na partida frente ao Vasco da Gama o filme não se repetiu porque Galatto defendeu o pênalti de Leandro Amaral. Neste jogo, Marcio Azevedo, destaque até então, levou um verdadeiro passeio do lateral vascaíno no segundo tempo por nítido cansaço físico. Para quem vê de fora a impressão é que o time está mal preparado fisicamente mesmo tendo o clube um excelente Centro de Treinamento com investimentos voltosos na área científica.

Uma derrota para o Vitória em Salvador não soa nem um pouco anormal devido à boa fase do rubro-negro baiano e a péssima do paranaense, mas no momento um novo tropeço pode ser trágico pois inevitavelmente levará o time à zona de rebaixamento. Sair lá de baixo não é nada fácil já que a pressão aumenta sobre o grupo de jogadores e o Atlético poderá ficar na mão de influência externa de terceiros nada simpáticos ao clube. Aliás, muito pelo contrário! Ontem vimos uma pequena mostra disto ao termos que enfrentar o Figueirense, a infeliz jornada de nossos atletas e um árbitro ruim e tendencioso que amarrou o jogo todo atrapalhando o confuso time atleticano.

A situação não pode ficar mais como está e para isto precisamos de mudanças no comando técnico e na postura dos jogadores que parecem descompromissados em campo. Se isto é insatisfação com o treinador eu não sei, mas muita coisa precisa mudar, urgente, para evitarmos o pior enquanto há tempo.


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