Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

A mística da Arena da Baixada

24/07/2008


No final da noite de terça-feira, uma notícia sobre a Arena da Baixada trouxe a tona uma verdade que há muito tempo não era dita ou vivenciada pela torcida atleticana. Ou melhor, a torcida atleticana é a única que realmente sabe a força e a pressão que o Caldeirão do Diabo exerce sobre os nossos adversários.

O lateral da seleção brasileira e do Flamengo Léo Moura, falou em entrevista no Programa Bem Amigos da Sportv, que o estádio mais temido do Brasil é o estádio do Atlético Paranaense. Léo foi indagado sobre qual seria o estádio mais temido do Brasil, ele não pensou duas vezes e respondeu: Estádio do Atlético Paranaense. É complicado. Faz um barulho, parece que a torcida vai entrar dentro de campo, respondeu o lateral, enfatizando a proximidade das arquibancadas com o campo de jogo.

Quem nunca esteve na Arena da Baixada, não imagina a pressão que a torcida atleticana faz para cima dos adversários. Quando a situação é desfavorável como no último domingo contra o Vasco, percebe-se que a torcida se inflama mais ainda e enche de brio os nossos jogadores dentro de campo.

Em anos anteriores, como 1999/2001/2004 e 2005 a presença da torcida atleticana no estádio mais moderno da América Latina fazia os jogadores dos times adversários realmente sentirem a pressão. Em 1999, o Furacão ganhou a Seletiva da Libertadores da América em cima do Cruzeiro, em 2001 o Rubro-negro mostrou a sua força e foi Campeão Brasileiro pela primeira vez. Em 2004, o time comandando por Jádson, Fernandinho e Washington foi vice-campeão brasileiro e em 2005 o episódio mais triste que uma nação pôde presenciar.

Em 2005, o Atlético chegou à decisão da Taça Libertadores da América e teve que jogar no estádio gigante da Beira-Rio, em Porto Alegre. O que aconteceu na época todos sabem e muita gente ainda hoje comenta. O que mais deixou a torcida atleticana chateada na época, foi a inoperância das autoridades do Estado do Paraná, que nada fizeram para trazer a final da Libertadores para nossa cidade. O que restou daquele dia em diante foi a música que a torcida atleticana sempre entoa quando o São Paulo vem jogar na Baixada: Bambi c****, fugiu do Caldeirão, Bambi c****, fugiu do Caldeirão.

Estamos recuperando o prestígio da nossa casa. Estamos tentando ser respeitados novamente. Há bem pouco tempo atrás todo mundo vinha jogar no Joaquim Américo e ganhava como se estivesse jogando em casa. A principal questão agora é arrumarmos um verdadeiro líder dentro do elenco para que esse jogador comande o time dentro de campo. Isso é de vital importância para que o time do Atlético volte a fazer valer a velha e boa mística da Arena da Baixada.

Parabéns

Aproveito a oportunidade para parabenizar a minha amiga Thabata Henk pela sua formatura que está acontecendo nessa semana. Desejo-lhe muito sucesso na sua nova profissão. Que o Papai do Céu continue sempre lhe abençoando.


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