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Silvio Toaldo Júnior
Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.
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Aos come-dorme do CT
13/07/2008
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Final de jogo entre Atlético e Internacional, mais um empate em casa e mais uma vez a torcida saiu chiando do Joaquim Américo. Será que todo jogo será assim? Seria bom que isso não se repetisse mais em 2008. Porém, com toda a vontade demonstrada em campo pelos nossos come-dorme duvido que isso não se repita por mais algumas boas vezes.
Seria cômico se não fosse trágico. Um resultado tratado como normal por jogadores e comissão técnica, não pode de forma alguma deixar de ser criticado. Aliás, o senhor Roberto Fernandes pode voltar a agitar a torcida do Timbú porque aqui em Curitiba ele não emplacou e nem vai emplacar. Chamada de burro por quase 100% dos torcedores que estiveram na Baixada na tarde deste domingo, se tivesse hombridade pediria a sua demissão assim que a partida acabasse.
Tentando justificar mais um insucesso dentro de casa, reputou aos jogadores toda a culpa pelo empate diante do Internacional. É assim que conhecemos um grande lÃder. Jogando a responsabilidade aos seus atletas ele fica, teoricamente, isento de mais um fracasso do time diante da sua torcida. Quando ele sacou um atacante (Joãozinho) e colocou um volante (Renan) ele simplesmente acabou com o time. Trouxe o Internacional todinho para cima do Atlético e de quebra tomou o gol num escanteio onde o zagueiro colorado subiu sozinho e empatou o jogo. Logo depois do gol de empate sacou o jovem Renan e colocou Pedro Oldoni, queimando o garoto. Não teria sido melhor fazer uma simples troca de um atacante por outro? Com a palavra o roedor de osso, como ele mesmo se intitulou, Roberto Fernandes.
Mas a questão não é a qualidade do treinador atleticano e sim a vontade dos jogadores, no meu linguajar, os come-dorme do Centro de Treinamentos do Caju. Com uma má vontade fantástica, estes atletas conseguem obter resultados que nem os times antigos do Furacão conseguiam quando jogavam diante de Barra do Garça, Goiatuba e Catuense da vida. Além destes, eu vi inúmeras vezes o time do Atlético sofrer para vencer com Platinense, Matsubara ou Batel de Guarapuava quando ainda jogava do Elefante Branco, do Pinheirão.
Eu quero acreditar que estes mesmos jogadores ou estes mesmos come-dorme recebem seus salários em dia e que deveriam ao menos se esforçar um pouquinho, afinal de contas, é de bom agrado que estes come-dorme respeitem ao menos quem paga seus altos salários. Se não querem respeitar a instituição Clube Atlético Paranaense, respeitem ao menos a torcida. Respeitem quem se propôs a colaborar com o clube e se associou. Tenham ao menos dignidade quando vestirem a camisa do Atlético, pelo menos isso.
E tem mais, não acredito que estes come-dorme passam o dia treinando. Isso é impossÃvel de acreditar. Pelo que apresentam dentro das quatro linhas do gramado, o que parece é que eles passam o dia brincando no CT do Caju. E o pior, parece que eles não têm um comandante. Quem explica a quantidade de gols que o time está levando? Como pode um time que há três meses tinha no seu ponto forte a defesa, hoje sofre a duras penas para não sofrer um mÃsero gol de bola parada por rodada.
É possÃvel que durante uma semana toda de trabalho, o técnico Roberto Fernandes não chame a atenção dos zagueiros e seus chutões sem efeito algum? Ou o treinador não pede para que os meias Ferreira e Júlio dos Santos encostem e chamem o jogo para si? Outra coisa que me chamou a atenção na partida contra o Internacional: a saÃda de Marcelo Ramos não serviu para muita coisa. Joãozinho tentou buscar o jogo e até deu o passe para o lance que resultou o pênalti, porém se continuar assim, logo ele será vaiado pela torcida, porque o esquema de jogo não favorece nenhum camisa nove atleticano.
A diretoria começou a fazer a sua parte e afastou algumas peças do elenco, mais jogadores precisam de uma maior atenção, quem sabe aquela famosa conversa ao pé do ouvido, um verdadeiro chega prá lá. Chega de incompetência, chega de passar a mão na cabeça destes come-dorme, chega de receber vaias a todo final de jogo. Será que os jogadores do Atlético não têm vergonha na cara?
Já passou da hora de alguém da diretoria cobrar mais veemente dos come-dorme que habitam o CT do Caju e suas redondezas. Chega de patinarmos, chega de passarmos mais de cinco meses entre os 15 melhores times do Brasil e ainda flertando com a segunda divisão. Isso cansa a beleza de qualquer um, do mais fanático torcedor até aquele que simplesmente diz que é atleticano e acompanha o time pela famosa capa da Tribuna do Paraná de segunda-feira.
Aos jogadores que se esforçam e estão levando o time nas costas o meu pedido de desculpas, aos demais um apelo: Tomem vergonha na cara e vistam como homens o manto sagrado atleticano.
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