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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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É pau, é pedra
11/07/2008
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Só tomara que ainda não seja o fim do caminho. O Atlético tem sido vítima de todo tipo de ataque de uns tempos pra cá. Alguns desses ataques não se pode julgar o mérito, mas outros de uma inconsistência gritante. Vamos relembrar alguns casos.
O Paraná Clube e o Iguaçu de União da Vitória cobraram ingressos mais caros apenas da torcida visitante, no caso a atleticana. Invocado o Procon a falar algo, silenciou-se. Agora dizem que a cobrança do Coritiba nos treinos aprontos, valendo uma aposta no time alviverde como o time do coração na maldita Timemania vale: o Atlético cobrar a mesma aposta, só que obviamente com o Furacão como time do coração na final da Copa Tribuna de Juniores não pode!
A maior rede de comunicação do Paraná, com o maior jornal do Estado e a retransmissora da Globo por aqui parecem desconhecer que Curitiba é uma das pretendentes a ser sede da próxima Copa do Mundo, já confirmada no Brasil em 2014. A candidata não é a Arena, não é a Praça Afonso Botelho. Quem está concorrendo não é o Atlético, não é o Petraglia, nem a Fanáticos. Quem concorre é a cidade de Curitiba e caso consiga ser uma das escolhidas, terá um imenso up grade em sua rede hoteleira, de transportes, comunicação e um incremento gigante no turismo. Mas a “rede” e com ela os outros principais meios de comunicação do Estado, não parecem muito empolgados, não estão fazendo o menor esforço em mostrar o quão nossa capital tem sim chances reais de sediar um evento deste porte.
A mesma imprensa que não se levantou em favor da causa atleticana, não foi nossa caixa de ressonância quando inverdades eram plantadas em rede nacional quando disputávamos ponto a ponto o título de 2004 que acabou nos escapando entre os dedos e ficando com o bom time santista. A mesma imprensa, e aí incluo nossa classe política também, que não fez a pressão necessária, não se uniu para que a 1ª partida da final da Libertadores de 2005 fosse em nossa casa, ou mesmo no estádio de nosso rival, mas dentro de Curitiba.
Isso ouvi do gerente de marketing Mauro Holzmann, que quando o então governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto os recepcionou no Palácio Piratini, sede do Executivo Gaúcho, abriu as portas do Estado para o Furacão, mas fez a seguinte observação: “se fosse aqui, este jogo JAMAIS sairia de Porto Alegre, pode ter certeza” . No Paraná o complexo de vira-latas, o autofagismo fala sempre mais alto! O gaúcho não é arrogante, é orgulhoso do que tem e luta pelo que é seu, isso é bem diferente e é de se admirar.
Enfim, o Atlético tem comprado algumas brigas, parte delas com razão, parte nem tanto e não tem conseguido êxito em seus pleitos. Por pouco, um mero texto que não fala mentira alguma, mas foi publicado num momento inoportuno e no lugar errado gerou uma verdadeira comoção dos cariocas, sempre muito atentos a tudo que tenta denegri-los.
Não, o Fluminense não venceu por 3 X 0 por causa do texto do meu amigo Juliano Ribas, o qual tenho o maior apreço e consideração, admiro seus textos apesar de discordar do conteúdo a maioria da vezes. Não foi a possível leitura do texto, que repito, é repleto de fatos concretos e verdadeiros e que não podem e nem devem ser esquecidos que fez os jogadores do Flu correrem mais, se dedicarem mais. Alguns deles sequer devem saber ler, outros estão pensando na janela européia de agosto e a maioria ainda está visivelmente abatida pela perda do que seria o maior título da história e se tornou o maior trauma da história do centenário clube das Laranjeiras. O Fluminense venceu porque é melhor, porque tem no banco um avante que nós não temos aqui um parecido há mais de ano como é Somália, autor do belo terceiro gol.
Muita tempestade prum copo d´água só. Mas fizeram sua parte, seu carnaval, já colocam em suspeição a partida de volta e possível chororô.
Mas que fique a lição. Se vai mexer com a Adriane Galisteu, tenha culhão para segurar a onda se ela te der bola. O Atlético vem passando desde o final de 2005 por um gradativo processo de apequenamento, mas continua latindo como Pit Bull. Passamos décadas nos contentando em sermos pequenos, humilhados e o histórico do Atlético sempre foi de dificuldades, privações e jejum de conquistas. Quando o clube resolveu crescer, se estruturou, organizou e principalmente contratou pra isso ficou entre os primeiros, ganhou o que não sonhávamos ganhar, era temido e respeitado. Depois, estranhamente se contentou a ficar no meio, a se mediocrizar, mas quer ainda ser respeitado como grande, fato que dentro de campo não o é desde 2005.
Quer brigar com o mundo, com as redes de comunicação, cobrar de rádios, ter ingressos mais caros, brigar com o clube dos 13, bancar sozinho a vinda da Copa do Mundo para a cidade, viver mais nos tribunais do que no pódio para receber medalhas e troféus, exige que a torcida jogue na Timemania, compre camisa, fique sócia, perfeito, estamos juntos nessa, compramos qualquer briga em nome do Atlético. O mínimo que exigimos é um time de verdade, um time com raça e que tenha mínimo de condições técnicas de brigar por conquistas, pois só brigar por brigar uma hora machuca.
ARREMATE
“Sua meta.../
É a seta no alvo mais o alvo na certa não te espera.” A SETA E O ALVO – Zeca Baleiro
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