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Rodrigo Abud
Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.
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Tudo começa pela base. A construção de uma casa, a formação de um grande atleta, a formação de um grande time entre outras coisas.
No inÃcio do ano Ney Franco montou a base do Atlético, que viria a quebrar o recorde de vitórias consecutivas, no 3–5-2. Adequou os atletas ao esquema que ele pretendia trabalhar e deu certo. Os problemas começaram a acontecer quando ele perdeu jogadores e os suplentes não corresponderam dentro do esquema.
Roberto Fernandes chegou ao Atlético dizendo que gostava de trabalhar no 4-3-3 e armou o time desta forma. Com este esquema conseguimos somente uma vitória frente ao Goiás, 5 x 0. Um placar que engana quem não viu o jogo já que o furacão ficou muito exposto. Sábado, o rubro-negro venceu o Santos por 1 x 0. O Atlético não foi um primor, mas defensivamente o time foi bem, principalmente, pelo fato dos volantes não terem recebido cartão amarelo ou sido expulsos.
O jogo de sábado deixou claro que o Atlético tem que jogar no 3-5-2. E ficou mais claro ainda, que Roberto Fernandes já tem o time base para este Brasileirão: Galatto; Danilo, Rhodolfo e Antônio Carlos; Nei, Valencia, Alan Bahia, Julio dos Santos e Márcio Azevedo; Ferreira e Júlio César.
Um time interessante, tanto para jogos na Baixada, como para jogos fora, com boa estrutura defensiva e jogadores criativos do meio para frente. Dois fatores fazem deste time base a principal conquista do time, no Brasileiro até o momento. O primeiro é que atuando, sempre que possÃvel, com a mesma equipe o time adquiri entrosamento, algo complicado de alcançar neste mês, com jogos no meio de semana. E o outro fator é que voltamos a ter opções de banco.
VinÃcius, Netinho, Kelly, Joãozinho, Wallyson, Marcelo Ramos e Rafael Moura são nomes que podem mudar o panorama de um jogo em que Roberto Fernandes precise ou queria mexer no time. A grande carência, para uma eventual necessidade, está nas laterais. Ainda não temos reservas para substituir os titulares Nei e Márcio Azevedo.
Porém, para que estes fatos dêem certo, não podemos perder os jogadores citados na janela de transferências.
A grande conquista de sábado não foi a vitória, mas sim a definição de um esquema de jogo, de um time base e de boas opções de banco, algo fundamental para uma equipe que sonha em fazer uma boa campanha neste complicado campeonato brasileiro.
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