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Marcel Costa
Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.
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A Arena da Baixada completou ontem nove anos desde a sua inauguração em 1999 no jogo entre Atlético e Cerro Porteño. No novo templo atleticano a torcida rubro-negra já comemorou várias conquistas importantes, vibrou com jogos antológicos e, claro, teve algumas decepções, pequenas se comparadas com os momentos mágicos e de alegria. O rendimento do Atlético dentro do seu novo estádio é superior a 70%, quase uma garantia de que na Arena da Baixada raramente o torcedor sairá desapontado ou assistirá a uma derrota do Furacão.
Nestes nove anos de história da Arena da Baixada criou-se uma alcunha para identificar os torcedores mais novos. Estes foram chamados de geração Arena, pois não tiveram o desprazer de assistir ao período de vacas magras do clube no Pinheirão. Entendo que esta denominação seja equivocada e injusta com os jovens atleticanos, pois não é demérito nenhum ter acompanhado o clube somente a partir da inauguração da Arena, como também não é defeito ser mais novo ou ter o privilégio de nascer no período que o clube teve seus melhores resultados, organizou-se e conquistou seu espaço entre os grandes do futebol brasileiro.
Claro que certas vezes o termo “geração arena” é também utilizado para identificar aqueles torcedores cornetas que querem sempre o Atlético no topo, que obviamente acostumaram-se a torcer por um clube que foi campeão brasileiro, vice da Libertadores, tricampeão paranaense e que sempre esteve na primeira divisão nacional. Mas cornetagem não tem idade, conheço torcedor que vaia o time aos dez minutos do primeiro tempo e é mais velho do que eu. Torcedor que também conheceu o Atlético de China e Pádua, Caçula e Biluca, Pateta e cia, sentou no cimento frio do Pinheirão, ouviu os coxinhas gritarem sem terra e os paranistas, de fralda, gritarem sem time para nós, mas que ainda acha defeito, inclusive nos melhores times recentes que tivemos, destaque para 1999-2001, 2004 e 2005.
O momento agora não é de criar classes entre atleticanos, seja por idade, condição social ou atleticanismo. Todos que seguem o Atlético têm a mesma vontade de ver o clube vencedor e a partir da inauguração da Arena isso tornou-se cada vez mais constante. Neste moderno estádio nós atleticanos unimo-nos por um mesmo objetivo: empurrar o Atlético para cima dos adversários. Neste sagrado templo rubro-negro fizemos amizades, torcemos, perdemos a voz, sofremos, enfim, desfrutamos do prazer de sermos atleticanos. Neste ano quando a diretoria atleticana finalmente descobriu a melhor maneira de angariar sócios acredito que consolidamos a nossa casa, Arena da Baixada, como um lugar ímpar e mágico para os atleticanos. Um lugar de paz entre a torcida rubro-negra e infernal para os rivais.
Parabéns a todos os atleticanos pelo aniversário de nossa casa que continua sendo ampliada, modernizada, reestruturada para que cada vez mais possamos nos sentir bem neste local e desta forma manteremos cada vez mais forte a mística do caldeirão atleticano.
Retorno
Gostaria de encerrar pedindo desculpas aos leitores que prestigiam minhas colunas pela ausência nas últimas semanas, pois estava de férias e não tive como escrever neste período. Agora normalmente postarei meus textos às quartas e, excepcionalmente, em outros dias da semana. Saudações rubro-negras a todos.
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