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Sergio Surugi
Sergio Surugi de Siqueira, 66 anos, é Atleticano desde que nasceu. Neto de um dos fundadores, filho de um ex-presidente do Atlético, pai e avô de Atleticanos apaixonados, é doutor em Fisiologia e professor. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2009.
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“Errar é humano, mas perseverar no erro é diabólico”. (Santo Agostinho).
Não é só o Atlético que tem sido prejudicado pelos equívocos de arbitragem. Na decisão da Copa do Brasil houve um erro importante que poderia ter tirado o título do Sport. Bem de perto, todo mundo tem alguma história triste sobre arbitragem contra o seu time, para contar.
Afinal, devemos mudar as regras para, nos moldes do futebol americano, usar a tecnologia para minimizar a interferência humana nas decisões imediatas dos árbitros?
O argumento de quem apóia esta idéia é o de que o futebol de hoje em dia envolve muito dinheiro e portanto não se deveria deixar que o resultado de uma partida ficasse à mercê de uma possível (e até justificável) falha humana. Além disso, o fato do envolvimento direto ou indireto de grande quantidade de dinheiro poderia ser um estimulante para atos de suborno, levando a “erros” intencionais, como alguns que aconteceram recentemente no futebol brasileiro e praticamente deram um título nacional ao Corinthians Paulista.
Na minha opinião, o jogo fica mais emocionante com a variável “arbitro”. Este personagem é parte importante da competição e os recursos tecnológicos deverão ser utilizados somente para que se possa avaliar o talento do responsável pela arbitragem, bem como o de seus auxiliares.
Creio que cabe às federações, confederações e à própria FIFA, julgar com critérios técnicos bastante rígidos o desempenho dos árbitros de futebol e estabelecer punições severíssimas para aqueles que erram, pois deste modo acabará por ocorrer uma seleção natural e os árbitros terão que se preocupar mais com a sua destreza, sob risco de serem submetidos a suspensões ou até afastamento definitivo pela contumácia dos desacertos. A criação de um tribunal específico para avaliar as arbitragens de cada rodada, contando com representantes dos clubes ou pelo menos das federações que tem clubes envolvidos em determinada competição, seria uma medida interessante e que daria mais tranquilidade a jogadores, diretores, torcedores e também aos próprios “homens-de-preto”.
O que não se pode mais admitir é que árbitros que cometem sistematicamente erros de maior ou menor gravidade continuem impunes, prejudicando os espetáculos e tirando a motivação dos torcedores.
Árbitros e auxiliares não são infalíveis e portanto também não são necessariamente desonestos. Avaliar jogo a jogo as suas condutas seria uma garantia de que o futebol está sendo levado a sério.
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